A Fiat Chrysler Automobile (FCA) decidiu “congelar” a Lancia, não a encerrando, mas descontinuando todos os seus modelos (Delta,Thema e Voyager) entre 2014 e 2015, continuando apenas a produzir o Ypsilon e exclusivamente em Itália. Mas, mesmo assim, o volume de vendas do pequeno citadino continua a justificar a decisão de o manter em produção, tendo vendido 58 mil unidades em 2019, mais 10 mil do que no ano anterior. Ainda assim, aliciando apenas 1/3 do volume que atingia quando disputava a totalidade do mercado europeu.
Mas nenhum construtor pode hoje descartar a possibilidade de vender 60 mil veículos, especialmente um que está completamente amortizado há muito. A FCA aposta que o Ypsilon tem mais para dar, ainda que apenas aos condutores italianos, pelo que tratou de actualizar o pequeno Lancia, dotando-o com os mesmos trunfos com que equipou os Fiat 500 e Panda, os mais vendidos do construtor.
O novo Ypsilon híbrido tem um motor principal a gasolina, o nosso conhecido 1.0 com 3 cilindros e 70 cv. Só que desta vez, este motor a gasolina usufrui dos serviços de um pequeno motor eléctrico com 3,6 kW (cerca de 4,9 cv), mas com substancialmente mais força do que potência, que torna a condução mais agradável e económica. A Lancia prevê uma redução no consumo de 20%, que se reproduzirá nas emissões de CO2.
A solução híbrida do Ypsilon é na realidade mild hybrid, como o prova o facto de possuir uma bateria com apenas 0,13 kWh de capacidade e um motor de 3,6 kW. Ainda assim, um ganho de 20% no consumo, associado a um preço competitivo, vai permitir que, mais uma vez, os consumidores vejam o Ypsilon como uma alternativa com imagem mais sofisticada e, simultaneamente, acessível.