A Toyota estará em negociações com o Sumitomo Mitsui Banking Corporation e com o MUFG Bank Lda para ter acesso a uma linha de crédito de 1 bilião de ienes, cerca de 8,3 mil milhões de euros, de acordo com o Automotive News. O objectivo é, como seria de esperar, suportar mais facilmente os prejuízos que a pandemia da Covid-19 não deixará de provocar ao gigante nipónico, bem como a todos os restantes fabricantes.
Conseguir crédito nunca foi um problema para a Toyota, que acumula resultados financeiros positivos, excepção feita quando surgem crises mundiais como a do Covid-19, este ano, e a do subprime, em 2009. Sucede que a Moody’s cortou o rating da marca esta semana, reduzindo-o de A1 para Aa3, colocando-o ainda sob observação para voltar a baixá-lo em breve. Isto vai criar pressão nas negociações e elevar os custos inerentes ao crédito.
De acordo com uma análise da Goldman Sachs, a Covid-19 deverá retirar mais de 170 mil milhões de ienes aos lucros dos cinco maiores fabricantes japoneses, com a fatia de leão, por ser o maior, a caber à Toyota. Daí que, apesar de os representantes dos dois bancos envolvidos terem optado por não comentar o assunto, um representante da Toyota, Kensuke Ko, afirmou que a marca “continua a avaliar a necessidade de fundos mas, até este momento, nada foi ainda decidido”.
O fabricante conta interromper a produção em cinco das suas fábricas a partir de 3 de Abril, tendo já encerrado a fabricação na Índia, na EUA, França, Reino Unido, Brasil e Filipinas. Desconhece-se quanto será possível retomar a produção.