“Isto não é apenas um palpite. À medida que as semanas vão passando vamos tendo mais informação para analisar. Diria que estou 80% confiante. Penso que há uma grande probabilidade de que funcione, com base noutras coisas que fizemos com este tipo de vacina.”

Foi desta forma que, em entrevista ao britânico Times, a professora de vacinologia e investigadora Sarah Gilbert, da Universidade de Oxford, colocou as cartas na mesa e anunciou este sábado que acredita que a sua equipa desenvolveu uma vacina capaz de imunizar o mundo contra a Covid-19.

De acordo com a conceituada investigadora, em duas semanas a potencial vacina estará pronta para começar a ser testada em humanos. O que significa que, explicou Gilbert, “se tudo correr de forma perfeita”, é possível que em setembro, daqui a apenas cinco meses, já seja possível começar a inocular a população. “Ninguém pode prometer que vai funcionar”, foi como exprimiu as reservas constantes nos restantes 20%.

Também explicou que, para haver doses suficientes da vacina no início do outono, o governo britânico vai ter de dar um salto de fé e iniciar a produção antes de a eficácia da vacina estar comprovada. “Não queremos chegar ao fim do ano e descobrir que temos uma vacina altamente eficaz mas não temos nenhuma vacina para usar”, argumentou a investigadora.

Ao todo, no passado 8 de abril, havia em todo o mundo 115 candidatas a vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento, contabilizou a revista Nature. A primeira a atingir essa fase, já está a ser testada em humanos desde 16 de março.

De acordo com a Sky News, que cita a entrevista, o Reino Unido já contribuiu com 210 milhões de libras para o fundo da coligação internacional de cientistas que está na corrida para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.

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