Há uma nova oferta de aquisição da Media Capital em cima da mesa. Marco Galinha (grupo Bel), Gustavo Guimarães (grupo Apollo) e a Prozis querem juntar-se para comprar a Mediacapital, a empresa que detém a TVI, noticiou o Público.
O Público escreve que apurou “junto de fontes financeiras” que o grupo de Galinha vai ser financiado pelo Novo Banco, pelo Millennium BCP e pelo espanhol BBVA. Também adianta que “no dia 8 de Abril foi entregue ao presidente da administração (chairman) da Prisa, Javier Monzón de Cáceres, uma proposta de aquisição do controlo da Media Capital”. Mas inclui no grupo de investidores interessados a agência de meios Nova Expressão.
Ora a Nova Expressão negou ter essa intenção. Em declarações ao Dinheiro Vivo, Manuel Falcão, membro do conselho executivo da agência de meios, negou: “A Nova Expressão é cliente de empresas do grupo Media Capital e nada mais. Não misturamos clientes com outros negócios”.
Em declarações ao Público Marco Galinha deu uma resposta genérica, indicando que está interessado em “analisar o dossier Media Capital”: “Como qualquer empresário português, estou interessado em analisar o dossier Media Capital, para mais tenho uma participação no Jornal Económico, onde estou empenhado”, respondeu.
Mas entretanto, a diretora de comunicação do grupo Bel, Helena Gouveia, confirmou à Lusa a apresentação da proposta. “Está confirmado”, disse.
“Foi apresentada uma proposta e não era desconhecido de ninguém que havia um interesse do grupo Bel, nomeadamente do CEO [presidente executivo] do grupo, na aquisição da TVI, do grupo Media Capital”, prosseguiu Helena Gouveia. “O que posso confirmar enquanto grupo Bel é que há uma proposta que foi entregue e que há um consórcio envolvido para compra da Media Capital”, acrescentou, sem revelar o nome das outras entidades envolvidas, as quais, a seu tempo, serão conhecidas.
A nova proposta torna-se conhecida um mês e meio depois de o Grupo Cofina ter cancelado o acordo de compra da empresa. A desistência terá ocorrido depois de o grupo ter falhado o objetivo de aumentar o capital em 85 milhões de euros, para os 110,6 milhões.
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Esta intenção de compra, liderada pelo empresário do grupo Bel, já terá sido comunicada por carta ao governo, indica o Público. No entanto, tem um valor inferior aos 255 milhões de euros que constavam na proposta inicial da Cofina — o valor chegou a baixar para 205 milhões em dezembro, três meses depois da oferta pública de aquisição.