A Startup Portugal criou um projeto comunitário para promover o recrutamento do talento nacional, sobretudo de quem ficou desempregado no decorrer da pandemia de Covid-19. O projeto Zero Gravity conta com o apoio da Startup Braga, da AICEP, da escola Le Wagon, da plataforma de recrutamento Landing.Jobs e as startups Remote e Moviinn. O objetivo é o de promover o talento português pelos ecossistemas de tecnologia do mundo. Em breve, vai estar disponível na plataforma uma base de dados com todas as startups que estão a contratar.
“O Zero Gravity é um novo projeto criado pela comunidade de empreendedores e empresas tecnológicas portuguesas com vista a promover os profissionais a operar no país e com capacidade de trabalho remoto num contexto internacional. Com uma crise económica a alastrar paralelamente ao surto de SARS-CoV-2, a solução do trabalho remoto será uma das formas de Portugal salvaguardar as suas empresas e de reter o talento altamente qualificado a operar a partir do seu ecossistema empreendedor”, lê-se no comunicado enviado às redações.
A associação que está responsável por operacionalizar a estratégia nacional para o empreendedorismo vai compilar os dados dos profissionais baseados em Portugal para responder ao problema do desemprego entre “os inúmeros profissionais qualificados” que ficaram sem trabalho. Estes profissionais serão promovidos internacionalmente junto de empresas que estejam a recrutar. A iniciativa é gratuita e sem custos para os profissionais que se inscreverem.
Além dos parceiros que já estão a trabalhar no projeto, a Startup Portugal está à procura de outras entidades que se queiram juntar à iniciativa. A ideia é que ajudem no processo de fazer o match entre o profissional e a empresa e na promoção do talento.
“O ecossistema português tem beneficiado de condições estruturais, que tornam Portugal atrativo para empreendedores e investidores de todo o mundo, condições essas que representam uma oportunidade para trabalhadores em situação remota. Uma das melhores ligações de internet por fibra ótica do mundo, mão de obra qualificada, níveis elevados de Inglês e um custo de vida mais baixo fazem com que o ecossistema português seja uma opção muito competitiva e podem, se não negligenciadas, representar uma oportunidade para profissionais, empreendedores e startups nacionais a operar a partir de Portugal”, lê-se no comunicado.