O Benfica anunciou este domingo todo o calendário que a equipa de futebol profissional irá cumprir até ao regresso aos treinos (individuais) no Benfica Campus, no Seixal, a partir de dia 4 de maio, já depois de ter chegado ao fim o estado de emergência que vigora pelo terceiro período em Portugal. As operações vão arrancar já amanhã.

Assim, esta segunda-feira, a equipa técnica comandada por Bruno Lage bem como todos os elementos ligados ao departamento de futebol irão realizar testes de diagnóstico à Covid-19 no Seixal em sistema de drive-thru. No dia seguinte, terça-feira, será a vez de todos os jogadores e também as suas famílias (com quem residem) serem testados, neste caso com as recolhas a serem feitas nas habitações dos atletas.

Mais tarde, no fim de semana, todo o plantel irá realizar uma sessão de testes físicos, o que permitirá também haver mais uma despistagem de qualquer sinal do novo coronavírus. “Após a obtenção destes resultados (sendo estes negativos), os atletas serão avaliados, nas instalações do Seixal, pelo Departamento Médico numa sala preparada para o efeito, onde qualquer dado clínico importante pode ainda ser motivo de eventual isolamento”, referiu ao site oficial do clube o responsável pelo departamento médico do clube, Ricardo Antunes.

Mais tarde, no dia 4 de maio, começam então os treinos individuais no Seixal, sendo os dois primeiros dias antecedidos de análises clínicas (tal como se de uma pré-temporada se tratasse). Em termos logísticos, os jogadores serão divididos em quatro grupos (depois de manhã, dois à tarde) e existirão limitações no acesso às instalações do clube, sendo feito de forma diária um processo de triagem à chegada ao espaço. Em paralelo, as refeições continuarão a ser fornecidas aos jogadores em casa ou no Benfica Campus, caso estejam lá nessa altura, tendo então à disposição quartos individuais com casa de banho privativa para minimizar potenciais contactos.

“Não haverá qualquer contacto entre companheiros de equipa. O trabalho no ginásio terá o distanciamento adequado e o trabalho com os fisioterapeutas, enfermeiro e médicos ocorrerá com os devidos cuidados e equipamentos de proteção. Diga-se, ainda, que o circuito efetuado pelos atletas nas nossas instalações terá sentido único para minimizar a possibilidade de contactos. Foi efetuado um planeamento com a máxima segurança possível, com o objetivo de diminuir ao máximo os fatores de risco”, salientou o médico Ricardo Antunes, acrescentando: “Começámos por reforçar a informação ao staff e aos jogadores, relativamente às boas práticas de higiene geral, regras de etiqueta, lavagem correta das mãos, utilização de máscaras e distanciamento social. Houve ainda formação especial de técnicos de limpeza com o objetivo de manter a higiene e assepsia adequadas em locais frequentados por elementos do futebol profissional”.

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