90.569 euros. Depois de um erro inicial por parte do Governo, foi esse o valor final fixado para o Observador no programa de apoio governamental destinado aos media sob a forma de compra antecipada de publicidade institucional. O conselho de administração do Observador decidiu “não aceitar” esse montante, argumentando que não só “nunca solicitou este tipo de apoio” como “este programa não cumpre critérios mínimos de transparência e probidade para que o Observador possa aceitar fazer parte dele”.

Ao mesmo tempo, o Observador promoveu uma ação de assinaturas e donativos dirigida aos leitores que pretendia atingir esse valor até ao fim deste mês. “Acreditamos num jornalismo independente e livre, autossustentável, apoiado pelos cidadãos através das suas assinaturas e contributos e não nos contributos do Estado”, diz António Carrapatoso, presidente do Conselho de Administração Executivo e fundador do Observador

Mais de mil novas assinaturas

Esta terça-feira, ao fim de sete dias, esse montante foi ultrapassado. Até ao momento, os leitores do Observador subscreveram mais de mil assinaturas novas e realizaram mais de 650 donativos, que variaram entre um mínimo de 5 euros e um máximo de 500 euros.

“Num período tão crítico como o que vivemos, toda a equipa do Observador respondeu ainda com mais empenho e esforço e é muito reconfortante verificar como os nossos leitores e assinantes não só reconhecem isso, como compreendem que o jornalismo depende antes de tudo o mais de quem o apoia financeiramente. Para nós é muito bom que esse apoio venha antes do mais dos nossos leitores e assinantes”, afirma José Manuel Fernandes, publisher do Observador.

A acção de assinaturas e donativos do Observador vai continuar, como previsto, até dia 31 de maio.

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