Uma concentração pacífica contra os recentes atos de vandalização de estátuas em diferentes pontos do país reuniu este domingo “cerca de 50 pessoas” no Porto que mantiveram, “durante todo o tempo máscaras e distância”, segundo um dos promotores da concentração “Defesa da Nossa História, Cultura e Património”.

Ao Observador, fonte da PSP confirmou que a concentração foi “comunicada atempadamente” e está “legalizada”. “Vamos acompanhá-la como todas as outras. Cumpriram os requisitos para que fosse considerada legal. Temos conhecimento dela há alguns dias”, atesta a PSP que confirmou mais tarde a presença de cerca de três dezenas de manifestantes no local.

Segundo João Ferreira, um dos promotores da concentração, no final da ação houve ainda um momento de “agradecimento” à polícia que esteve presente no local que, afirma, terá retribuído aos manifestantes dando-lhes os “parabéns por terem mantido a distância e as máscaras”.

“É um género de vigília, para prestar homenagem ao Infante D. Henrique junto à sua estátua. Vamos depositar uma coroa de flores e quem quiser pode tomar a palavra”, explicou ao Observador João Ferreira, um dos promotores da concentração, que acontece para marcar uma posição contra as estátuas que têm sido vandalizadas — desde a do Padre António Vieira, no passado dia 11 de junho, ao busto de Baden-Powell, decepado este sábado em Coimbra.

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Na página de Facebook do evento, a organização reforçava que “todos os participantes devem respeitar as recomendações das autoridades de saúde, pelo que o uso de máscara é obrigatório a todos e todas que marquem presença, assim como o distanciamento social”.

João Ferreira explica ainda que o espaço da praça vai permitir que as pessoas mantenham uma distância de dois metros entre si. A concentração foi organizada através das redes socais.