A Volta a Portugal deve ser adiada e ficar sem data marcada para acontecer. A notícia foi avançada pela RTP e confirmada pelo Observador e a 82.ª edição da principal prova de ciclismo portuguesa estava agendada para começar no dia 29 de julho e terminar a 9 de agosto.

A notícia acaba por ser uma reviravolta nos acontecimentos, tendo em conta os desenvolvimentos dos últimos dias. Na última semana, a Direção-Geral da Saúde anunciou que tinha aprovado o protocolo sanitário desenhado pela Federação Portuguesa de Ciclismo para a realização da prova. Já depois da luz verde das autoridades de saúde — e ainda antes de o Governo se pronunciar definitivamente sobre a realização da Volta –, a autarquia de Viana do Castelo garantiu que não iria autorizar a passagem da corrida pela cidade, por receios relacionados com possíveis contágios de Covid-19.

Mais tarde, Viseu juntou-se a Viana do Castelo e também declarou que iria ficar de fora do percurso deste ano, enquanto que a autarquia da Guarda disse estar ainda a ponderar uma decisão final. “Transmiti à organização da Volta que não me sentia confortável para recebê-la nos moldes habituais. Sugerimos um adiamento”, disse António Joaquim Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, em declarações ao Jornal do Centro. Adiamento que, esta quinta-feira, acabou por confirmar-se.

Com as tomadas de posição das autarquias, a organização da prova, em trabalho conjunto com a Federação Portuguesa de Ciclismo, entendeu não estarem reunidas as condições para que a Volta arrancasse no final do próximo mês. Nesta altura, estarão em cima da mesa duas possibilidades: o adiamento da corrida para outra data, ainda durante o ano de 2020, ou o cancelamento desta edição.

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