A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo suspendeu as férias a todos os médicos, enfermeiros e outros prestadores de cuidados primários do distrito de Évora, na sequência do surto de Covid-19 em Reguengos de Monsaraz.

O presidente da ARS, José Robalo, adiantou esta terça-feira à agência Lusa que a medida tem efeito até ao dia 10 de julho e aplica-se aos prestadores diretos de cuidados de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central, com o objetivo de “manter a operacionalidade” durante o surto de Covid-19 detetado no lar de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.

“São médicos, enfermeiros e outros prestadores diretos de cuidados primários do ACES do Alentejo Central”, indicou José Robalo, referindo que a medida exclui funcionários administrativos e assistentes operacionais.

Questionado sobre a possibilidade de estender a suspensão dos períodos de férias dos prestadores de cuidados de saúde, o presidente do Conselho Diretivo da ARS do Alentejo referiu que isso “depende muito da evolução do surto” em Reguengos de Monsaraz, onde morreram até esta terça-feira cinco idosos.

“Temos de garantir que continuamos a ter pessoal para lidar diretamente com este surto, mas também para manter a atividade nos centros de saúde para não deixarmos de ter a população com acesso aos cuidados de saúde que necessita”, explicou.

No dia 18 de junho foi detetado um surto de Covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, o de maiores dimensões e mais preocupante no Alentejo, que segundo a última atualização fornecida pela autarquia local tem, até esta terça-feira, 135 casos ativos, além de cinco vítimas mortais.

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