Kleon Papadimitriou, um jovem grego de 20 anos de idade, estava “preso” na Escócia, onde estuda, sem hipótese de regressar a Atenas quando os voos foram cancelados devido à pandemia de Covid-19. O estudante viu três dos seus voos de regresso cancelados e decidiu fazer-se à estrada, numa bicicleta.

O estudante grego demorou sete semanas para regressar a Atenas. Kleon foi dos últimos a marcar voo de regresso para a Grécia porque não queria perder aulas, no entanto e após comprar três ingressos diferentes, acabou por ficar “preso” em terras escocesas porque os três voos foram cancelados.

Só agora percebo o feito que isto foi” e acrescenta, “aprendi várias coisas sobre mim mesmo, sobre os meus limites, as minhas forças e as minhas fraquezas. Espero que esta minha viagem tenha inspirado pelo menos uma pessoa a sair da sua zona de conforto e tentar algo novo, algo grande.”

Ao início, a ideia de regressar de bicicleta era somente a “miragem de um sonho” mas, rapidamente começou a comprar equipamento que lhe permitisse regressar e acabou por partilhar a ideia com os pais que concordaram, na esperança de que fosse apenas uma ideia que seria facilmente descartada pelo próprio.

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A única condição imposta pelo pai foi que ambos instalassem uma app que lhes permitisse saber do paradeiro do jovem.

No dia 10 de maio, com todo o equipamento à disposição, incluindo pão, manteiga de amendoim, sardinhas em lata, saco de cama, tenda e claro, bicicleta, Kleon fez-se à estrada.

O jovem grego contou à CNN que pedalava, todos os dias, entre 55 a 120 quilómetros. O estudante universitário atravessou Inglaterra, Holanda e Alemanha, a que se seguiu Áustria e Itália, onde conseguiu apanhar um barco para o porto grego de Patras, voltando novamente a pedalar até ao seu bairro em Atenas.

Kleon passou as noites descampados e florestas. Contudo, ao longo das semanas, várias pessoas ficaram a saber da sua aventura e foi-lhe oferecido dormida, duche e até mesmo comida.

Sendo uma pessoa relativamente introvertida, fui forçado a sair da minha zona de conforto no sentido em que se não fizesse certas coisas, não teria um sítio para ficar, não teria água.”

No dia 27 de junho Kleon chegou a casa.

Quando se coloca a fasquia muito alta e se tenta alcançar um objetivo bastante ambicioso, alcançando-o ou não, a pessoa acaba sempre por evoluir”, disse Kleon Papadimitriou.