Só 50 das 80 entidades pertencentes ao setor empresarial público de Angola entregaram, até ao final de junho, os relatórios relativos às contas de 2019 ao Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).

Do lote de cumpridores fazem parte empresas como a diamantífera Endiama e entidades do setor da banca e seguros, como o Banco de Desenvolvimento Angola (BDA), Banco de Poupança e Crédito (BPC) ou a seguradora ENSA, mas ficaram de fora “pesos pesados” como a petrolífera Sonangol ou a transportadora aérea angolana TAAG.

Atendendo aos efeitos económicos e financeiros negativos provocados pela pandemia de Covid-19, o IGAPE tinha flexibilizado o prazo para a prestação de contas referentes ao exercício de 2019 que foi alargado até 30 de junho.

De acordo com informação divulgada na página da internet do IGAPE, a análise preliminar aos documentos permitiu verificar que, apesar de o número de relatórios entregues representar 63% do total de empresas, vários apresentam inconformidades, sendo a mais frequente a não-apresentação do Relatório do Auditor Externo e/ou da respetiva Carta de Recomendações.

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Em 2019, o setor empresarial público angolano era composto por 86 empresas, das quais 68 públicas, 12 do domínio público e seis onde o Estado detém participações minoritárias.

Deste universo, 80 empresas têm o dever de prestação de contas, das quais 50 cumpriram esta obrigação, sublinha o IGAPE, que vai apresentar “nas próximas semanas” a compilação e análise das contas para a produção do Relatório Agregado do Setor Empresarial Público referente às contas do ano passado.

As empresas do setor empresarial público desenvolvem a sua atividade, predominantemente, nos setores da Energia e Águas (21), Transportes (16), Finanças (8), Agricultura e Pescas (9) e Telecomunicações e Comunicação Social (7).