O Facebook está a processar a autoridade europeia da concorrência por pedir demasiados dados, avança a agência de informação Reuters. A empresa liderada por Mark Zuckerberg afirma que para investigar aquela que é a maior rede social do mundo o regulador europeu pede mais informações do que aquelas que são necessárias, incluindo dados que são muito pessoais.

Desde o ano passado que o Facebook tem estado a ser escrutinado pelas autoridades europeias, que querem saber mais sobre a forma como a empresa gere os dados que obtém dos utilizadores das várias plataformas que detém (a rede social com o mesmo nome, o Instagram e o WhatsApp) e como gere o seu marketplace, plataforma na qual 800 milhões de utilizadores em 70 países compram e vendem artigos.

Desde que estas investigações começaram, o Facebook já entregou 1,7 milhões de páginas de 315 mil documentos diferentes à Comissão Europeia.

Tim Lamb, conselheiro geral do Facebook, disse num comunicado que os documentos são “predominantemente irrelevantes” e que nada têm a ver com as investigações em curso. Em causa estão “informações pessoais altamente sensíveis, como informações médicas dos funcionários, documentos financeiros pessoais e informações privadas sobre familiares de funcionários”, explicou.

Lamb disse ainda que a empresa acredita que “esses pedidos devem ser analisados ​​pelos tribunais da União Europeia”, cita a Reuters. A Comissão Europeia responde e diz que vai defender o caso nos tribunais.

Além das duas investigações que interpôs contra a Comissão Europeia, o Facebook também está a tentar ativar algumas medidas provisórias no Tribunal Geral, no Luxemburgo, para que o acesso aos dados seja suspenso — até que haja uma decisão dos tribunais.

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