O presidente do PSD, Rui Rio, escusou-se esta quarta-feira a revelar a sua opinião sobre a quebra de disciplina de sete deputados na votação dos debates quinzenais, alegando que não quer influenciar o órgão de jurisdição nacional.

Tenho uma opinião pessoal, mas não a revelarei publicamente, até porque isso significava quase estar a dizer ao conselho de jurisdição nacional o que devia fazer. Isso não posso fazer nem devo”, disse.

Rui Rio confirmou apenas que, enquanto líder parlamentar da bancada, já informou o órgão jurisdicional do partido: “Já comuniquei o que todos sabem, mas formalmente tinha de o fazer ao conselho de jurisdição nacional”, a quem cabe ou não instaurar os processos disciplinares aos parlamentares, disse Rui Rio aos jornalistas à margem de uma reunião com associações empresariais e turísticas, em Albufeira, no Algarve.

Segundo Rui Rio, ao grupo parlamentar “compete apenas, formalmente, informar o conselho de jurisdição nacional, sobre o que foi a quebra da disciplina partidária por parte de sete deputados, para então o conselho de jurisdição levantar os respetivos processos”

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Rui Rio iniciou esta quarta-feira uma visita de dois dias ao Algarve para ouvir os empresários e entidades, sobre os problemas económicos que afetam a região devido à quebra do turismo na sequência da pandemia da Covid-19.

Recorde-se que sete deputados do PSD votaram contra o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro no parlamento e contra a orientação da direção da bancada parlamentar social-democrata.

Os deputados em causa, que votaram contra o fim dos debates quinzenais contra a orientação favorável da bancada, foram o novo líder da JSD Alexandre Poço e a ex-presidente deste órgão Margarida Balseiro Lopes, bem como Álvaro Almeida, Emídio Guerreiro, Pedro Pinto, Pedro Rodrigues e Rui Silva.