A Microsoft está a negociar a compra da aplicação TikTok, apesar de a administração de Donald Trump ter levantado várias reservas sobre aquela rede social chinesa, tendo inclusive ponderado o seu bloqueio nos EUA.

A notícia foi avançada pelo Wall Street Journal, que cita fontes próximas daquelas negociações. A confirmar-se, ao negócio deverá fixar-se na ordem das dezenas de milhares de milhões de dólares, ainda segundo aquele jornal.

A notícia surgiu poucas horas depois de Donald Trump ter dito aos jornalistas na Casa Branca que é possível que os EUA suspendam o TikTok por razões de segurança, seguindo assim Washington as pisadas da Índia, que suspendeu aquela aplicação depois de um confronto com tropas chinesas na fronteira em junho.

“Nós estamos a olhar para TikTok. Talvez venhamos a banir o TikTok”, disse Donald Trump. “Talvez façamos outras coisas, temos um par de opções. Mas há muitas coisas a acontecer. Vamos ver o que acontece. Estamos a estudar muitas alternativas no que diz respeito ao TikTok.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Também o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já tinha falado no mesmo sentido, avisando que ao confiarem os seus dados ao TikTok os cidadãos estariam sujeitos a que estes fossem utilizados pelo regime chinês.

Estas acusações não partem apenas da Casa Branca e dos círculos do Partido Republicano. Também Chuck Schumer, líder do Partido Democrata no Senado, aplaudiu a instauração de uma investigação ao TikTok já em novembro de 2019.

“Esta nova investigação valida o nosso receio de que aplicações como o TikTok, que armazenam um conjunto enorme de informações pessoais que são acessíveis a governos estrangeiros, podem representar graves riscos para milhões de americanos e merecem um escrutínio maior”, disse o senador Chuck Schumer à altura.

Do seu lado, o TikTok tem rejeitado as acusações que lhe têm sido dirigidas pelos governos da Índia e dos EUA.

“O TikTok é liderado por um CEO americano, com centenas de funcionários e líderes em segurança, proteção, produtos e políticas públicas aqui nos EUA”, disse um porta-voz do TikTok num comunicado em reação aos comentários de Mike Pompeo. “Não temos outro objetivo que não o promover uma experiência de aplicação segura e protegida aos nossos utilizadores. Nunca fornecemos dados de utilizadores ao governo chinês, nem o faríamos se isso fosse solicitado”.

EUA estuda bloquear acesso ao TikTok