O anúncio foi feito pelo Facebook: “Estou preocupado com os desafios que o nosso país enfrenta em termos de infraestruturas para realizar as eleições deste ano devido à pandemia da Covid-19”. Daí que o magnata norte-americano detentor da rede social mais famosa do mundo tenha tomado uma decisão: doar um total de 300 milhões de dólares (cerca de 251 milhões de euros) a duas organizações não-partidárias para ajudar o processo eleitoral e para não haver números elevados de abstenção sob o pretexto da pandemia. As eleições norte-americanas, que opõem Donald Trump a Joe Biden estão marcadas para novembro deste ano.

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A doação é feita em nome próprio, não só de Mark Zuckerberg, como também da mulher, Priscilla Chan. 250 milhões de dólares (209 milhões de euros) vão ser doados ao Centro de Tecnologia e Vida Cívica para “financiar a contratação e formação de pessoal, o aluguer de locais de votação, a compra de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores das mesas de voto, contratação de staff temporário, e muito mais” e 50 milhões (42 milhões de euros) destinam-se ao Centro para a Inovação e Investigação Eleitoral, que irá “às sedes de campanha de todo o país garantir que os sistemas eleitorais dos vários estados são seguros e que as pessoas estão informadas das regras de segurança”, explica Zuckerberg.

“Vai haver níveis históricos de votação por correspondência e uma necessidade acrescida de funcionários e de equipamentos para apoiar a votação sem contacto físico. Há gente em todo o país a trabalhar arduamente para garantir que toda a gente pode votar e que todos os votos vão ser contabilizados — e nós queremos ajudar a garantir que têm todos os recursos de que precisam para que isso aconteça”, explica o milionário norte-americano na publicação no Facebook.

Além deste apoio a título pessoal, Zuckerberg lembra que o Facebook — a empresa — já está a trabalhar “na maior campanha de registo para votação da história da América”, com o objetivo de ajudar mais de 4 milhões de pessoas a registar-se para votarem à distância.

“O voto é a forma última que temos para avaliar os nossos líderes e para garantir que o nosso país está a ir na direção que queremos”, lê-se ainda na publicação, onde Zuckerberg acrescenta que é “fundamental para a democracia que todos tenhamos confiança na integridade e na legitimação das nossas eleições”. Para isso, diz, é preciso que haja “confiança nas infraestruturas para garantir que cada votante consegue que o seu voto seja ouvido”.

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