É um fenómeno cíclico e invariavelmente registado às segundas e terças-feiras: os números de novas infeções pelo novo coronavírus descem de forma considerável, para no dia seguinte começarem a subir novamente — e nas últimas semanas de forma mais acentuada do que aquela a que nos habituámos durante os meses de verão.

Esta terça-feira não foi exceção, com o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS) a revelar uma queda de 30,7% relativamente às novas infeções registadas no dia anterior (esse, sim, atipicamente acima da média das segundas-feiras). No total, Portugal tem esta terça-feira mais 425 infetados com o novo coronavírus, o valor mais reduzido desde a terça-feira passada, em que se registaram 388 novos casos (na segunda-feira anterior tinham sido 249, abaixo disso só a 1 de setembro, com 231).

O número de testes realizados ajuda a explicar as variações semanais: enquanto na passada sexta-feira, dia 11 de setembro, foram feitas 21.996 colheitas nos laboratórios e hospitais de todo o País para o teste da Covid-19, no sábado esse número baixou para os 16.050, para domingo cair ainda mais, para os 12.092.

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Mais do que para as subidas e descidas diárias, valerá a pena olhar mais para a média semanal de novas infeções. Se assim for, entre a passada quarta-feira, 9 de setembro, e o dia corrente, foram registados 4.126 infetados — dá 589 para cada dia.

O que tem mesmo de saber sobre o coronavírus em Portugal

Desde o início da pandemia, em março, foram 65.021 as pessoas que já testaram positivo para o SARS-Cov-2. Neste momento há 18.784 casos ativos no País — mais 244 do que na segunda-feira — e 44.362 recuperados — mais 177.

Mais quatro mortes a lamentar

Nas últimas 24 horas morreram mais 4 pessoas em Portugal, vítimas de complicações provocadas pelo novo coronavírus — uma no Algarve, outra na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e as restantes duas no Norte — o que faz com que já vá em 1.875 o número total de óbitos da pandemia.

Mais ou menos fatal tanto para homens como para mulheres (já morreram 945 deles e 930 delas), a Covid-19 tem-se mostrado particularmente letal para os idosos com mais de 80 anos. Esta terça-feira, eram 1.248 as vítimas fatais acima dessa idade; 377 eram septuagenárias e 163 sexagenárias. Entre os zero e os 59 anos, morreram 58 pessoas em todo o País, por Covid-19, nos últimos seis meses e meio.

Enquanto a Madeira é o único território que, até à data, não registou qualquer óbito, a do Norte mantém-se a região mais castigada pelo novo coronavírus, com um total de 859 mortos. Em LVT já morreram 706 pessoas, no Centro 254, no Alentejo 22, no Algarve 19 e nos Açores 15.

Número de internamentos mantém-se estável. Há 59 pessoas em UCI

Ao todo, havia à meia-noite desta terça-feira 478 pessoas internadas em todo o País — mais uma do que esta segunda-feira.

Depois da subida repentina do passado sábado, em que o número de doentes em hospital passou dos 404 para os 438 em apenas 24 horas, o número de internamentos mantém-se estável em Portugal, tendo até descido muito ligeiramente nos casos dos doentes hospitalizados em unidades de cuidados intensivos — 59, menos dois do que esta segunda-feira.

Mais de metade dos novos casos na zona de Lisboa e Vale do Tejo

Depois de alguns dias em que as atenções se viraram, como na fase do confinamento, para o Norte, foi na região de LVT que voltaram a registar-se mais de metade dos 425 novos infetados das últimas 24 horas — 53,4%.

De resto, 27,5% dos casos correspondem a testes realizados na região Norte e 12% foram registados no Centro. O Algarve, com 15 novas infeções, tem 3,5% dos novos casos; já o Alentejo, com 14, tem 3,3%.

Os Açores registaram um novo caso, a Madeira, que esta segunda-feira tinha 8 novos casos, não contabilizou qualquer novo teste positivo.