O PSD defendeu esta terça-feira um maior envolvimento das Forças Armadas no planeamento e operacionalização das medidas que vierem a ser adotadas na “nova fase” de combate à pandemia, considerando que não podem ser “um mero dispensador de meios”.
Num projeto de resolução — sem força de lei — entregue esta terça-feira na Assembleia da República, os sociais-democratas elogiam o “papel fundamental e altamente diferenciador” que as Forças Armadas tiveram, ao longo dos últimos meses, na contenção da pandemia da Covid-19, “não apenas no apoio ao Serviço Nacional de Saúde, como também no apoio direto à população”.
“Os nossos militares desenvolveram, com elevada competência, ao longo dos primeiros meses desta pandemia, diversas ações de descontaminação de lares, escolas, estabelecimentos prisionais e outras instituições de cariz social, respondendo aos pedidos de ajuda que lhe foram chegando dos outros órgãos do Estado”, destaca o projeto assinado, entre outros, pela deputada Ana Miguel Santos e pelo líder parlamentar Adão Silva.
No entanto, os sociais-democratas consideram que “a intervenção das Forças Armadas neste tipo de missões não pode ser a de um mero dispensador de meios, humanos ou materiais”.
“As Forças Armadas devem assumir um papel decisivo no planeamento e operacionalização das ações de combate à Covid-19, permitindo, com isso, uma melhor racionalização e empenhamento dos meios, representando mais eficiência no resultado”, consideram.
Para os deputados, numa altura em que o número de casos está a aumentar em Portugal e também na Europa, “o papel que as Forças Armadas podem desempenhar na contenção desta pandemia, sobretudo no apoio aos cidadãos que se encontram em situações de maior risco e vulnerabilidade, é verdadeiramente crucial”.
Na parte resolutiva do diploma (a que vai a votos), o PSD recomenda então ao Governo “que envolva as Forças Armadas no planeamento e operacionalização das ações a adotar nesta nova fase de combate à pandemia, designadamente nas ações de apoio aos cidadãos em situação de maior vulnerabilidade e de risco como é o caso dos lares e demais instituições sociais de todo o país que prestam serviços a esta franja da população mais desprotegida”.