Um total de 21 turmas da Escola Secundária de Palmela teve de passar para ensino à distância, depois de ter sido detetado um caso positivo de Covid-19 num assistente operacional. Tal como já tinha acontecido numa escola básica de Lisboa, nas Laranjeiras, a decisão não teve a ver com possíveis contágios entre os alunos, mas antes porque a escola não tinha funcionários suficientes para permanecer aberta. A diretora da secundária, Isabel Ramada, espera ter a situação resolvida até à próxima segunda-feira. Segundo o seu comunicado, partilhado na página de Facebook da escola, o estabelecimento estava na terça-feira a funcionar com menos 9 assistentes operacionais do que o habitual.

O Observador tentou contactar a direção da escola, mas, até ao momento da publicação desta notícia, não foi possível.

Foi às 18h13 que o primeiro comunicado surgiu no site da secundária. “A partir do dia 23 de setembro, e até novas indicações, as turmas 11.º A, 11.º B, 11.º C, 11.º D, 11.º E, 11.º F, 11.º G, 12.º A, 12.º B, 12.º C, 12.º D, 12.º E, 12.º F, 12.º G, 10.º AE_TAR, 10.º GPSI, 10.º GPSI_V, 11.º AI_AS, 11.º GPSI, 11.º TAR_COM e 2.º OI entram no regime de Ensino à Distância. Todas as outras turmas continuam em regime presencial.”

https://www.facebook.com/ESPalmela/posts/3560573233992789

Só já perto da meia-noite surgiu o comunicado, assinado pela diretora onde se explicava o sucedido.

“No dia 11 de setembro um assistente operacional da nossa escola levantou-se de manhã com sintomas febris e, por prevenção, não veio trabalhar. Seguindo o protocolo estabelecido contactou a linha SNS24 que lhe indicou um local para realizar o teste à Covid-19 e ficou em casa em isolamento profilático”, escreve Isabel Ramada. Desde então, não regressou à escola, só tendo sabido do resultado positivo no fim de semana de 19 e 20 de setembro. 

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A partir dessa data, e seguindo as indicações do delegado de Saúde, os cinco assistentes operacionais que tiveram contacto mais próximo com o infetado na última semana em que esteve ao serviço ficaram em quarentena profilática. Segundo a diretora, estão assintomáticos e aguardam a realização do teste.

A escola tem vários assistentes operacionais de atestado médico e ainda sem substituição, e terça-feira, alguns não se apresentaram ao serviço devido ao plenário dos autocarros TST. A escola esteve a funcionar com menos 9 assistentes operacionais sendo que os restantes asseguraram o funcionamento dos corredores desde as 8h00 até às 16h00”, explica a diretora no comunicado.

A partir dessa hora, argumenta, não havia assistentes operacionais disponíveis para assegurar a higienização dos espaços nem a segurança dos corredores pelo que decidiram terminar as atividades letivas pelas 15h40 de terça-feira.

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“Com menos 9 assistentes operacionais não conseguimos manter todos os corredores de salas de aula, espaços e os diversos serviços a funcionar em segurança desde as 8h00 até às 18h35. Foi hoje [terça-feira] tomada a decisão de encerrar todas as salas do ‘bloco antigo’ (salas 100 e 200) durante os próximos dias até que possamos ter a substituição de alguns assistentes e os que se encontram em isolamento profilático tenham o resultado dos testes, esperamos, negativos, regressando ao serviço”, conclui Isabel Ramada.

A diretora explica ainda que as 48 turmas da escola não cabem nas salas de aula dos corredores que consegue manter em funcionamento, sendo necessário selecionar algumas turmas para transitarem para regime não presencial: “Quando tivermos um número de assistentes suficientes para voltar a abrir o bloco agora encerrado, estas turmas voltarão ao regime presencial, o que poderá acontecer já na próxima segunda-feira.”