Há um novo capítulo na polémica sobre a conservação total ou parcial das ruínas islâmicas medievais descobertas este ano na Sé de Lisboa: os conselheiros do Governo, que dentro de dias decidem sobre o assunto, estão quase todos a favor da opção que contraria a Direção-Geral do Património, disse esta quarta-feira ao Observador o arqueólogo Cláudio Torres.

Membros do Conselho Nacional de Cultura (órgão consultivo do Governo) foram convidados a visitar a Sé pelo diretor-geral do Património, já depois de a polémica estar instalada e de este ter anunciado que seria aquele conselho a decidir sobre eventuais alterações ao projeto arquitetónico em vigor — o qual visa criar um espaço arqueológico aberto ao público. Por enquanto, tal como está, o projeto implica a destruição de uma parte das ruínas, o que tem vindo a provocar a indignação de vários arqueólogos e professores universitários.

Uma das pessoas ligadas ao CNC que entretanto visitaram a Sé, na sexta-feira, dia 2, foi o arqueólogo Cláudio Torres, agora garantindo que “a visita foi decisiva na direção da conservação total” dos achados. Além dele, estiveram presentes pelo menos um representante do Conselho Internacional dos Museus (ICMOS), com responsabilidades no SPAA, um membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, outro da Comunidade Islâmica de Lisboa e ainda vários especialistas em história e arqueologia, como Vítor Serrão, Susana Gómez Martínez e Rosa Varela Gomes.

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