Mais de 40 estudantes do ensino superior no Porto estão infetados com Covid-19, concluiu o rastreio iniciado depois de um aluno do programa Erasmus da Universidade ter testado positivo, avançou esta quinta-feira a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N). Na Universidade do Porto são 41 os casos positivos, segundo a instituição.
Em resposta à agência Lusa, a ARS-N explicou que, no sábado, a autoridade de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Porto Oriental teve conhecimento de que um estudante do programa Erasmus [de mobilidade académica entre estudantes de todo o mundo] da Universidade do Porto (U.Porto) testou positivo para a Covid-19.
Depois de “efetuada a investigação epidemiológica”, foram rastreados os contactos do aluno e identificados, até ao momento, 49 casos positivos associados a este surto, acrescentou a ARS-N. Segundo a ARS-Norte, o processo está a ser acompanhado pelas autoridades de saúde, em articulação com “os responsáveis das Instituições de Ensino”.
Num comunicado enviado ao Observador, a Universidade do Porto adiantou que entre os estudantes da universidade “são 41 os casos positivos registados até ao momento”. E acrescenta que os casos positivos na universidade se distribuem “por várias faculdades e vários cursos, o que reforça a convicção das autoridades de saúde de que o contágio ter-se-á dado fora do contexto de aulas ou de outras atividades no interior da Universidade”. Aliás, lê-se ainda no comunicado, os casos positivos “parecem estar relacionados com múltiplos encontros sociais que decorreram nos últimos dias e semanas fora do horário letivo”. “Até ao momento, não há registo de qualquer caso de contágio ocorrido dentro das instalações da Universidade do Porto.”
As autoridades de saúde determinaram o isolamento domiciliário dos casos positivos e respetivos coabitantes, “dado que os contactos mantidos em contexto de aula foram considerados de baixo risco tendo em conta os procedimentos de segurança implementados na Universidade do Porto (uso de máscara obrigatório, distanciamento físico, disponibilização de meios de higienização das mãos, etc.)”, explica o comunicado.
Contactado pela Lusa, o Instituto Politécnico do Porto não quis comentar a situação, afirmando não ter recebido “qualquer contacto por parte das autoridades de saúde”.