O Governo vai reforçar a formação dos professores e dos trabalhadores das escolas sobre o bullying e ciberbullying com um conjunto de ações de formação, no âmbito do programa “Escola Sem Bullyuing | Escola Sem Violência”.

Num comunicado enviado esta segunda-feira às redações, o Ministério da Educação apresenta um conjunto de iniciativas planeadas para o próximo ano no âmbito do programa que reforçam a formação da comunidade educativa para estes temas.

Já em novembro decorre uma ação de curta duração para formadores identificados pelos Centros de Formação de Associação de Escolas sobre o bullying e ciberbullying em idade escolar.

“Esta ação visa sensibilizar e informar professores e educadores, e outros profissionais que lidem com crianças e jovens ou os tenham a seu cargo, acerca das características destes fenómenos, consciencializando-os no que respeita aos riscos associados, assim como do seu papel numa perspetiva essencialmente preventiva”, escreve a tutela.

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Por outro lado, a Direção-Geral da Educação vai disponibilizar um curso e uma oficina de formação para a prevenção da violência e para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais de crianças e jovens, e está também a estabelecer um protocolo com a Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto para desenvolver um plano de formação docente para 2021.

Além destas iniciativas, os professores do básico ao secundário e os educadores de infância vão ter também no próximo ano uma formação de Liderança Intermédia neste âmbito e um curso sobre relações interpessoais e dinâmicas de grupo na escola.

A formação tinha sido já um dos eixos do programa “Escola Sem Bullyuing | Escola Sem Violência” no ano passado, com a realização de 153 ações dirigidas não só aos professores e funcionários, mas também aos encarregados de educação.

Para os assistentes operacionais, estavam previstas ações de formação presenciais que acabaram por ficar comprometidas devido à pandemia da Covid-19 e, por isso, este ano as ações foram reformuladas para decorrer à distância, permitindo formar até ao final do ano letivo cerca de 800 funcionários.

O reforço da formação da comunidade educativa no âmbito do bullying e ciberbullying está enquadrado num programa lançado no ano letivo passado pelo Ministério da Educação que é agora renovado.

Deste programa, saíram 52 agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas (AE/ENA) com o selo “Escola Sem Bullyuing | Escola Sem Violência”, que é entregue na terça-feira, na mesma data em que se assinala o Dia Mundial do Combate ao Bullying, refere o mesmo comunicado.

Num balanço do primeiro ano da iniciativa, o ministério acrescenta que em 2019/2020 foram promovidas 450 ações de sensibilização, comemoração, informação, formação ou partilha de práticas e 106 escolas desenvolveram ações de prevenção e combate ao bullying e ciberbullying no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Entre os 117 AE/ENA que responderam ao inquérito da tutela, foram identificados 1694 embaixadores do programa, ou seja, alunos que “além de pertencerem às equipas criadas pelas escolas no âmbito da prevenção e combate a este fenómeno, assumiram um papel de destaque”.

A iniciativa “Escola Sem Bullyuing | Escola Sem Violência” tem como objetivo contribuir para uma escola mais inclusiva, que promova um ambiente seguro e saudável, que permita às crianças e jovens desenvolver valores e competências promotoras do desenvolvimento pessoal e da plena intervenção social.