O Governo criou esta terça-feira, por despacho, um grupo de trabalho que vai definir a intervenção e participação de Portugal na Hannover Messe 2022, que se realiza na Alemanha e é considerada a principal feira do mundo para a tecnologia industrial.

O despacho, assinado pelo ministro da Economia, Siza Vieira, e esta terça-feira publicado em Diário da República, define a composição da task force que integra representantes do Governo – das pastas da Economia e da Transição Digital, Negócios Estrangeiros, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Ambiente -, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), do Instituto do Turismo de Portugal e da Agência Nacional de Inovação (ANI).

A AICEP deve diligenciar, de acordo com as suas competências e atribuições, para garantir o cumprimento dos encargos financeiros decorrentes da participação de Portugal na Hannover Messe 2022, devendo ainda pugnar pelo acesso a diferentes fontes de financiamento, nomeadamente com origem em fundos comunitários”.

O investimento na participação de Portugal na Hannover Messe 2022 não está totalmente concluído, mas será de cerca de quatro milhões de euros, anunciou no início deste mês o ministro da Economia, após o anúncio de que Portugal é país parceiro do certame que vai ter lugar entre 25 e 29 de abril do próximo ano na cidade portuária de Hannover, na Alemanha.

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O Governo português “aceitou o convite que lhe foi endereçado pelo Governo alemão para participar, na qualidade de país parceiro, na edição da feira internacional Hannover Messe de 2022”, afirma o executivo no diploma, considerando que esta feira, criada em 1947, “aspira a ser, em cada ano, o evento charneira para networking e novos negócios” e prorciona “uma excelente ocasião para explorar sinergias científicas e tecnológicas com fito comercial, enquanto aporta valor ao prestígio e credibilidade” dos países participantes.

Ser país parceiro na feira de Hannover constitui uma oportunidade única de afirmação nacional junto da indústria alemã e mundial, representando, para os países que em anteriores edições aceitaram este repto, um ambicioso esforço de promoção empresarial, que obriga a uma coordenação alargada entre os vários agentes públicos e privados”.

O ministro adianta que a participação neste evento vai implicar uma “ampla mobilização” do tecido empresarial nacional, nomeadamente dos clusters de excelência, designadamente nas áreas dos equipamentos e da metalomecânica, da mobilidade, do automóvel e do setor aeronáutico, dos têxteis e plásticos técnicos, dos moldes e das energias renováveis, e vai obrigar a uma presença com elevada componente tecnológica e científica.

O Governo entendeu por isso dar, através do despacho esta terça-feira publicado, início à definição do modelo de participação de Portugal na Hannover Messe, atribuindo à AICEP a responsabilidade para a organização e operacionalização da participação portuguesa no evento, “atendendo à necessidade de mobilização atempada de múltiplos recursos humanos, materiais e financeiros que uma participação desta natureza sempre acarreta”.

A Hannover Messe recebe anualmente cerca de 200 mil visitantes, ao longo de cinco dias, num só espaço de 200 mil metros quadrados com expositores de bens, equipamento e serviços das áreas da indústria transformadora, originários de todo o mundo.