Um total de 15 casos de infeção pelo novo coronavírus foi detetado na equipa de futebol de sub-23 do Portimonense e 14 durante o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, informou esta sexta-feira a autoridade de saúde regional.

A delegada regional de saúde revelou que “dois jogadores” testaram positivo nos testes realizados antes da partida para o jogo na Madeira, deixando as autoridades “em alerta”. No regresso, houve nova testagem, tendo-se detetado os outros casos.

Na habitual conferência de imprensa quinzenal de balanço da situação epidemiológica na região algarvia, Ana Cristina Guerreiro adiantou que os jogadores estão “em isolamento“, uma situação facilitada pelo facto de “muitos vivem juntos”, estando garantida uma “vigilância ativa”.

Como a deslocação da equipa envolveu dois voos de avião, foi necessária uma comunicação à Direção-Geral de Saúde, que solicitou à transportadora aérea a identificação dos outros passageiros para serem contactados. Interpelada pelos jornalistas quanto ao possível um isolamento preventivo da equipa antes do voo, respondeu que “o futebol tem outras regras”.

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Na sequência do Grande Prémio de F1, em Portimão, que decorreu no passado fim de semana, a responsável revelou terem sido identificados “14 casos de Covid-19 em elementos das equipas”, a maioria detetadas nos testes efetuados entre 20 e 29 de outubro e “um ou outro por sintomatologia” e recurso às unidades de saúde da região. Ana Cristina Guerreiro assegurou que no caso de surgirem surtos em consequência deste evento, há forma de saber “na maior parte das bancadas”, quem lá esteve, já que há “identificação por bilhete”. No entanto a “deslocação” de alguns espetadores na mesma bancada ou a “recolocação de pessoas” poderá “dificultar a identificação” e “terá de ser a pessoa a indicar os contactos”.

Tendo estado presente no evento do passado fim de semana, em Portimão, a responsável revelou algumas situações que “não funcionaram muito bem” e que gostaria de ver alteradas em futuros evento do género. A permissão que foi dada ao público para “mudar de lugar” é um dos pontos, já que o “plano era com bilhetes com lugares numerados”, para que fosse possível relacionar o local na bancada com o nome do seu detentor.

Para Ana Cristina Guerreio, os vigilantes foram “pouco firmes na exigência” do cumprimento do uso da máscara e não deveriam ter permitido a mobilidade do público, “tal como estava no parecer”. Equacionou ainda uma possível colocação de barreiras para impossibilitar a circulação, mas que “não impeçam uma eventual saída em caso de emergência”. “Reduzir o número de público autorizado”, foi outra das soluções apontadas pela delegada regional de saúde.