O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, defendeu esta sexta-feira em Góis que o interior “não pode em situação alguma” ser um território abandonado.

Importa, na sua opinião, designadamente, ter em conta “os rendimentos dos serviços dos ecossistemas” proporcionados pelos chamados territórios de baixa densidade, mesmo quando é a sua população é diminuta.

João Pedro Matos Fernandes realçou a importância do ordenamento florestal nestas regiões de Portugal e vincou, por exemplo, que o Ministério do Ambiente e da Ação Climática “deixou de apoiar plantações” cujas candidaturas “não tenham incluída a gestão”.

O ministro do Ambiente intervinha na sede dos Bombeiros Voluntários de Alvares, concelho de Góis, distrito de Coimbra, na cerimónia de assinatura de um protocolo relativo à criação da Área Integrada de Gestão de Paisagem (AGIP) de Alvares, no âmbito do Programa de Transformação da Paisagem.

“Não pode ser álibi para ninguém dizer que 98% da floresta portuguesa é de privados”, disse, realçando que “o papel das autarquias é absolutamente fundamental”, tal como o de outras entidades públicas e privadas, para inverter o abandono das áreas florestais e promover o desenvolvimento do interior.

Na sessão, intervieram igualmente, entre outros, a presidente da Câmara Municipal de Góis, Lurdes Castanheira, José Miguel Cardoso Pereira, do Instituto Superior de Agronomia (ISA) de Lisboa, e João Baeta Henriques, do Núcleo Fundador da Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Ribeira do Sinhel, naquela freguesia.

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