O candidato presidencial apoiado pelo PCP, João Ferreira, considerou que o país estaria esta quarta-feira “numa situação diferente”, com melhores condições para enfrentar a pandemia, se a Constituição estivesse a ser cumprida.

João Ferreira, que falava nas Caldas da Rainha numa ação de pré-campanha eleitoral, afirmou que o juramento de “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição não pode ser encarado como uma mera formalidade”, mas algo que o Presidente da República “pode e deve usar para garantir o caminho de desenvolvimento e que os amplos direitos consagrados na constituição são efetivamente observados”.

Se tivesse sido esse o caminho, o país estaria esta quarta-feira“numa situação diferente para melhor” e “com melhores condições de enfrentar momentos difíceis, que de certa forma eram imprevisíveis, como aquele que vivemos em resultado da pandemia [de Covid-19]”, disse o candidato apoiado pelo PCP

Porém, acrescentou, “é evidente, olhando hoje [esta quarta-feira] para a realidade do país, para os problemas e dificuldades que enfrenta, que nem sempre foi esse o caminho”.

Uma crítica à “ação governativa”, mas que dirigiu, sobretudo, ao Presidente da República, incluindo “nesta apreciação não apenas o atual [Marcelo Rebelo de Sousa], mas também anteriores presidentes”.

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“O país estaria certamente em melhores condições” de enfrentar situações como a crise pandémica “se ao longo dos anos não tivesse havido este esquecimento do que é esse caminho [de desenvolvimento] que a Constituição da República continua a consagrar”, reforçou.

João Ferreira falava nas Caldas da Rainha, onde esta quarta-feira chegou de comboio, após uma viagem pela Linha do Oeste para sinalizar “que a modernização é investimento é absolutamente essencial para garantir o direito destas populações à sua mobilidade e para garantir um melhor ambiente, consagrados na constituição e que poderiam ser já esta quarta-feira uma realidade se este investimento tivesse sido feito há mais tempo”.

O candidato, que já por várias vezes esteve nas Caldas da Rainha a defender a modernização da Linha do Oeste, lembrou que “não há proximidade sem conhecimento da realidade”, e considerou obrigação de um Presidente da República “contribuir para ultrapassar” os problemas das populações.

“Não chega demonstrar proximidade quando estão acesos os holofotes da comunicação social”, afirmou, vincando ser “necessário mostrar essa proximidade mesmo quando esses holofotes lá não estão”.

Depois de encontro com cerca de quatro dezenas de apoiantes, João Ferreira prossegue o contacto com populações no distrito de Santarém, com uma visita à empresa de manutenção de equipamento ferroviário (EMEF), no Entroncamento, e uma sessão na Casa do Povo do Couço, no concelho de Coruche.