Uma cerimónia íntima e breve. É assim que a imprensa argentina descreve o último adeus a Maradona, depois de um velório que durou horas e juntou milhares de fãs de futebol. Pouco passava das 19 horas quando o craque e cerca de 30 familiares e amigos próximos chegaram ao último destino, o Cemitério do Jardim da Bela Vista.

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Presentes estiveram as suas filhas Dalma, acompanhada do marido Andrés Caldarelli, Gianina e Jana Maradona, o filho Diego Fernando, a sua ex-mulher Claudia Villafañe e a ex-companheira Verónica Ojeda. As irmãs do jogador Ana, Rita, Elsa, María Rosa, Claudia e o único irmão Raúl também estiveram na cerimónia, bem como os sobrinhos Walter “El Chino” Machuca Daniel López Maradona.

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Segundo o jornal Clarin, uma das presenças mais surpreendentes foi a do empresário Guillermo Coppola, ex-agente do número 10. O ministro da Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, também compareceu à cerimónia.

Uma bandeira argentina envolvia o caixão que foi carregado pelos mais próximos do craque até ao local de enterro. Entre choros e lágrimas, soaram as palavras do padre e no fim, um pequeno aplauso. “O funeral realizou-se num ambiente de tranquilidade, com um silêncio respeitoso”, conta o La Nacion.

No jardim, à espera de Maradona, estavam os seus pais Dalma Franco, falecida em 2011, e don Diego, em 2015, ao lado de quem será sepultado.

O cortejo fúnebre saiu da Casa Rosada (sede da presidência argentina) pouco depois das 18 e contou com um enorme aperto da segurança, uma vez que ao longo da tarde, durante o velório, tinham sido registados alguns confrontos, que resultaram mesmo na detenção de pessoas.

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Formado o cordão de segurança, o corpo de Maradona partiu em direção ao cemitério, seguido por todos aqueles fãs que celebravam a vida do jogador e choravam a sua morte. O La Nacion descreve as crianças jovens e adultos, que com camisolas do Boca Júniores, Barcelona, Argentina ou até mesmo River Plate, gritavam “Ma-ra-dona. Ma-ra-dona”. “O código de etiqueta deste último adeus ao ídolo máximo é esse: qualquer indumentária vinculada ao futebol é válida. E se houver uma bola a rolar, melhor”, escreve o jornal.