Mais uma semana, mais um jogo, mais um recorde: na sequência de uma fantástica entrada de cabeça ao primeiro poste após cruzamento de Andy Robertson na esquerda (e concluindo uma jogada com 30 trocas de passes entre os jogadores dos reds, um recorde na era Jürgen Klopp), Diogo Jota voltou a marcar pelo Liverpool e tornou-se em paralelo o primeiro jogador de sempre a marcar nos quatro primeiros encontros em Anfield. Sem Mo Salah, ainda de fora após ter contraído o novo coronavírus, o português voltou a ser decisivo no triunfo diante do Leicester que valeu a ascensão ao primeiro lugar a par do Tottenham de José Mourinho – e também Firmino quebrou a malapata em frente à baliza, fechando a vitória por 3-0 depois de já ter acertado antes no poste.
“Jogar com esta equipa, com campeões do mundo, significa muito para mim. Desejo que continuemos a vencer mais jogos e que também possa ser importante para a equipa, claro. Fizemos um grande trabalho com o Leicester, ofensivamente criámos oportunidades, mas defensivamente também estivemos bem. Foi um grande jogo. Quarta-feira cá estaremos de novo. Todos na equipa têm o mesmo sentimento, que cada um pode ser importante para o coletivo. Precisamos que todos estejam bem física e mentalmente para ajudar”, comentou no final do triunfo diante dos foxes, onde voltou a ser o principal foco de elogios. Incluindo o próprio… Mo Salah.
“Estamos muito felizes por ele. Como companheiros de equipa, estamos a tentar empurrar-nos um ao outro no treino. Ficamos sempre felizes quando vemos alguém entrar e fazer golos. Sentimos que ele é uma mais-valia para a equipa e também torna o nosso trabalho bem mais fácil. Ele está a arrancar com muita confiança. Com o Diogo até podemos jogar os três ou mesmo os quatro juntos”, salientou o avançado egípcio. Por uma questão de gestão, Salah voltou ao onze frente à Atalanta juntando-se a Mané e Origi, ao passo que Diogo Jota, que foi eleito o Jogador do Mês por parte dos adeptos em outubro, começou no banco como Firmino. A dupla, tal como Fabinho e Andy Robertson, entrou aos 61′, a seguir ao golo inaugural de Ilicic. Pouco depois os transalpinos fizeram mesmo o segundo por Gosens (64′). A série de bons resultados quebrou com um triunfo sem mácula da equipa revelação de Gasperini, que não permitiu nem um remate enquadrado à armada ofensiva do Liverpool em Anfield.
Seguia-se um jogo fora com o Brighton, que podia valer não só a manutenção da liderança mas também uma dose de pressão extra sobre o Tottenham de Mourinho, que se deslocava a Stamford Bridge para defrontar o Chelsea e podia deixar os reds isolados no topo da classificação. E seguiram-se mais elogios de Jürgen Klopp ao início de época do internacional português no Liverpool. “Ele encaixou muito bem, é muito importante para nós. Não podemos jogar com o nosso trio habitual [Salah, Mané e Firmino] durante a época inteira. É difícil melhorar as coisas mas o Diogo parece que consegue fazer isso. Estou muito feliz por isso”, salientou.
Mais uma vez, Diogo Jota apareceu. Nos últimos 35 dias, o avançado português leva oito jogos (apenas seis como titular) e outros tantos golos, o último contra o Brighton numa deslocação muito complicada onde o Liverpool enfrentou sérias dificuldades, teve poucas oportunidades mas contou com mais uma jogada “inventada” pelo internacional aos 60′ para colocar a equipa na frente, naquele que foi também o nono golo pelo conjunto de Anfield, apenas a um do melhor marcador, Salah. No entanto, a lei de Murphy voltou a imperar nas contas feitas por Jürgen Klopp: depois de dois golos anulados pelo VAR a Salah e Sadio Mané, depois da lesão de James Milner que se vai juntar aos já ausentes Alexander-Arnold, Van Dijk, Joe Gomez, Thiago Alcântara, Matip ou Shaquiri e depois de uma saída muito “aziada” de Salah, o campeão inglês deixou-se empatar nos descontos com uma grande penalidade convertida por Pascal Gröss que colocou em risco a liderança da Premier League.