Diego. Armando. Maradona. Diego Armando Maradona. Aqui, ali, acolá, em todo o lado, para sempre. Depois de milhares e milhares de reações após a morte do astro argentino na passada quarta-feira, os últimos dias foram marcados por inúmeras homenagens a El Pibe em competição. A mais emblemática chegou da Bombonera, onde estava uma das filhas do Pelusa, mas houve outras no plano mais individual como a de Messi, numa onda que não se ficou pelo futebol e chegou também ao râguebi e na Austrália.
A salva de palmas do Boca que levou Dalma Maradona às lágrimas
Os responsáveis do Boca Juniors, que continuam a jogar à porta fechada na Bombonera, tinham preparado uma série de homenagens a Maradona no primeiro encontro oficial realizado após a morte do seu antigo jogador, com várias faixas com mensagens e imagens de El Pibe. No entanto, o grande momento surgiu após o primeiro golo dos xeneizes frente ao Newell’s Old Boys, a outra equipa que o 10 representou depois de deixar a Europa (tendo como último clube o Sevilha): Edwin Cardona marcou de livre direto e a equipa foi buscar uma camisola do astro para olhar para o camarote onde costumava ver os jogos e bater palmas a Dalma, uma das filhas de Maradona que ia habitualmente aos encontros na Bombonera com o pai. No final do jogo, e quando Dalma já tinha fechado a janela do camarote, a homenagem repetiu-se e Dalma voltou a não aguentar as lágrimas de emoção pelo gesto.
Maradona’s daughter Dalma breaks down in tears as Boca Juniors players celebrate their opening goal in front his personal box. Maradona played for the Buenos Aires giants at start and end of his career, and was a regular at home games with his daughter ???????? https://t.co/E4GosRBEC9
— roger bennett (@rogbennett) November 29, 2020
Diego Maradona's daughter, Dalma, has been watching Boca Juniors games with her father since she was little.
On Sunday she returned to his box to support them for the first time since his death ???? ???? pic.twitter.com/wJaUnDiwyV— ESPN FC (@ESPNFC) November 30, 2020
Centenas de tochas e um equipamento especial em Nápoles
Os adeptos napolitanos já tinham feito autênticas romarias a vários locais da cidade desde quarta-feira, o dia da morte de Diego Armando Maradona, fazendo vigílias não só junto ao Estádio San Paolo (que em breve poderá ter o nome do astro argentino) mas também noutras zonas onde a imagem do antigo jogador dos italianos está pintada como se fosse um Deus. Em fim de semana de jogo, os adeptos reuniram-se à volta do recinto e abriram centenas de tochas vermelhas que resultaram numa imagem verdadeiramente impressionante fora de campo, enquanto os jogadores entraram com uma camisola especial. Insigne levantou uma camisola do 10 após o primeiro golo da goleada frente à Roma, Mertens também não escondeu a emoção depois de se ter deslocado antes à homenagem num dos bairros da cidade (Quartieri Spagnoli) para deixar um ramo de flores em memória de El Pibe.
‘San Paolo’ stadium, Napoli.
Soon ‘Diego Armando Maradona’ stadium.Tonight – before the Europa League match against Rijeka – for #D10S.
What a pic [by Simone Larocca].
???????????????????????? pic.twitter.com/eLEcNaEuRj
— Fabrizio Romano (@FabrizioRomano) November 26, 2020
Lorenzo Insigne, the Napoli Captain, the only Neapolitan in team, has just given the best tribute to Maradona, by scoring a Maradonian free-kick pic.twitter.com/7oaiRHNdom
— Tancredi Palmeri (@tancredipalmeri) November 29, 2020
VIDEO DA BRIVIDI – Mertens rende omaggio a Maradona ai Quartieri Spagnoli @dries_mertens14 pic.twitter.com/kFutw2U73P
— Napoli Magazine (@napolimagazine) November 27, 2020
Messi, um golo à Maradona e a camisola 10 do Newell’s Old Boys
Lionel Messi, a grande referência do futebol argentino da última década e meia, fechou a goleada do Barcelona em Camp Nou frente ao Osasuna (4-0) com um golo com semelhanças a um que Maradona tinha marcado quando jogou no Newell’s Old Boys, antiga equipa também o capitão dos catalães. Só a jogada em si, fintando adversários à entrada da área até ao remate de pé esquerdo, já era uma homenagem digna a El Pibe mas Messi tirou a camisola dos blaugrana para exibir a 10 do Newell’s enquanto apontava e olhava para o céu recordando o Pelusa.
Messi ???? Maradona
It means everything. pic.twitter.com/cB1aNt7agG
— GOAL (@goal) November 29, 2020
d10s renasceu ao quarto dia ???? pic.twitter.com/01GvbGiNsH
— rui malheiro (@ruimalheiro) November 29, 2020
As palmas de Diego Simeone que se ouviram e bem no Mestalla
O minuto de silêncio em memória de Diego Armando Maradona (e Juan Sol, antigo internacional espanhol) antes do Valencia-Atl. Madrid, que tinha ainda esse “peso” de ser jogado no Mestalla, estádio onde o argentino fez o seu primeiro jogo na Liga espanhola pelo Barcelona, foi interrompido logo no início por Diego Simeone, antigo jogador e companheiro de seleção El Pibe que é treinador dos colchoneros e que bateu palmas durante um minuto a olhar para os ecrãs com a imagem de Maradona e para o céu de lágrimas nos olhos, visivelmente emocionado.
Maradona clearly meant a lot to Simeone ????pic.twitter.com/I3aFrKFkBO
— GOAL (@goal) November 29, 2020
???????? Y en pleno minuto silencio en Mestalla, los aplausos del Cholo: la emoción de un Simeone entre lágrimas al recordar a Maradona https://t.co/N6koTdDvcS
— laSexta|Deportes (@DeporteslaSexta) November 28, 2020
Um 10 desenhado no meio-campo e as lágrimas de Marcelo Gallardo
Diego Maradona teve oportunidade de jogar pelo River Plate, quando o Argentinos Juniors recebeu uma proposta ainda mais vantajosa para ficar com o seu passe. Ao invés, El Pibe preferiu assinar pelo Boca Juniors, o seu clube do coração. Naquela que é a maior rivalidade na Argentina e uma das maiores do mundo, o 10 escolheu um lado mas teve uma carreira de tal forma unânime nos clubes e na seleção que os millonarios nunca o viram na verdade como um adversário e na hora do adeus tiveram uma sentida homenagem na partida com o Rosario: as equipas desenharam um 10 no meio-campo, onde estava também uma imagem do Pelusa com a taça de campeão do mundo na mão, com as imagens a focar o técnico do River, Marcelo Gallardo, emocionado a recordar o amigo.
La historia del emotivo abrazo entre Marcelo Gallardo y Claudia Villafañe en el velatorio de Maradona https://t.co/PvMeEe3z0Y
— Clarín (@clarincom) November 27, 2020
Rosário Central e River Plate também fizeram uma linda homenagem a Maradona ontem. De camisas da Argentina, ouvindo a música especial dedicada a Diego, e posicionados no campo formando um 10 #Maradonapic.twitter.com/ZAzZ0BMCPm
— Observatório Internacional (@observint) November 30, 2020
De Tagliafico a Joel Fameyeh, o aquecimento ao som de Live is Life
A música Live is Life que se ouviu num dos mais míticos aquecimentos de Maradona quando era jogador do Nápoles apenas a dar toques com a bola durante mais de cinco minutos foi outra forma de homenagear El Pibe. Tagliafico, lateral argentino do Ajax, já o tinha feito antes do último encontro da Liga dos Campeões, poucas horas depois de se conhecer a morte do 10, e este fim de semana foi Joel Fameyeh a fazer o mesmo antes do encontro do Orenburg, da 2.ª Divisão russa. O avançado ganês de 23 anos privou com Diego Maradona no Dínamo Brest, clube que foi liderado pelo argentino durante três meses em 2018 (passou depois a presidente honorário dos bielorrussos) antes de receber uma proposta para ser treinador da equipa mexicana do Dorados de Sinaloa.
Nicolas Tagliafico recreating the famous Diego Maradona “Life is Life” warm-up. ????
— 433 (@433) November 26, 2020
Респект фк Оренбург за акцию в память о Марадоне. Все футбольные матчи начинаются с минуты молчания в память о Диего. Перед началом игры с «КС» игрок хозяев Джоэль Фамейе провел разминку в майке Марадоны. В 2019 году он играл за «Динамо Брест», которым руководил Марцел Личка. pic.twitter.com/vyClehIekH
— ПФК Крылья Советов (@fckssamara) November 29, 2020
Em Sevilha ouviu-se um tango em memória de Diego
O Sevilha, a outra equipa a par de Barcelona e Nápoles em que Maradona jogou na Europa (na temporada de 1992/93), decidiu homenagear El Pibe de uma maneira particular: além de entrar em campo com camisolas alusivas ao argentino, o clube pediu ao Huesca para que durante o minuto de silêncio se ouvisse no Estádio El Alcoraz a música Mi Buenos Aires querido, um tango escrito por Alfredo Le Pera e cantado por Carlos Gardel.
#LaLiga ???????? | ¡Vos sos Gardel, Diego!
En pleno noreste de España, suena "Mi Buenos Aires querido", el tango escrito por Alfredo Le Pera y cantado por Carlos Gardel con el que homenajearon a Diego Maradona en la previa de Huesca-Sevilla ????????????.pic.twitter.com/D3zKtXQ2Er
— Luis Grillo & Asociados (@LuisGrilloASOC) November 28, 2020
Renato Gaúcho, um treinador com a 10 num jogo
O minuto de silêncio em memória de Diego Armando Maradona que foi cumprido em todas as principais ligas foi gerando imagens de consternação e tristeza bem percetíveis, como aconteceu na Premier League por exemplo com Carlo Ancelotti e José Mourinho. Antes, Renato Gaúcho, antiga estrela do futebol brasileiro que é hoje treinador do Grémio, tinha levado a homenagem ao amigo mais longe e orientou o jogo frente ao Guarani a contar para a Taça dos Libertadores com a camisola número 10 da argentina com o nome de El Pibe nas costas.
ESTO ES LO QUE PROVOCA DIEGO ARMANDO MARADONA ???????????? Renato Gaúcho, entrenador de Gremio ????????, dejó de lado las diferencias y se puso la 10 de Argentina en honor a Diego ????????
Siempre Maradona. En todos lados.#DiegoEterno #MaradonaEterno pic.twitter.com/CoA6ygVS6x
— TNT Sports Argentina (@TNTSportsAR) November 27, 2020
https://twitter.com/FutbolBible/status/1332228082187591680
Lucas Barrios: a 10 autografada e com dedicatória entre balões para os céus
O primeiro jogo do Gimnasia, clube do qual Diego Maradona era treinador, teve uma carga emocional notória, a que se juntou também a homenagem do clube adversário (Veléz Sarsfield). Os jogadores entraram todos com uma camisola a recordar o antigo astro argentino e muitos não aguentaram as lágrimas no momento em que se cumpriu um minuto de silêncio enquanto se ouvia no estádio (de novo sem público) a música La Mano de Diós. Lucas Barrios, experiente avançado paraguaio nascido na Argentina que se mudou para o Gimnasia por influência de El Pibe, entrou com uma camisola especial da celeste com o número 10 e uma dedicatória do próprio Maradona. Os jogadores dos dois conjuntos fizeram também uma largada de balões antes do início do encontro.
#CopaDiegoMaradonaEnTNTsports | ¡Tremenda camiseta! Lucas Barrios se puso su propia casaca firmada por Maradona ????
Vélez ???? Gimnasia pic.twitter.com/iF7wNkh4ox
— TNT Sports Argentina (@TNTSportsAR) November 28, 2020
El homenaje a Diego Maradona en el José Amalfitani. Las lágrimas de Víctor Ayala. La camiseta de Lucas Barrios con la firma del Diez.pic.twitter.com/9f0stU82G7
— Claudio Coronel (@coronelclaudio) November 28, 2020
A camisola 10 dos All Blacks ante do haka contra a Argentina
As homenagens a Maradona não ficaram apenas pelo futebol e o melhor exemplo do que se passou noutros campos chegou do râguebi: antes de mais um encontro na Tri Nations Cup, que se está a realizar na Austrália (Newcastle), a equipa dos All Blacks da Nova Zelândia deixou uma camisola com o número 10 na zona do meio-campo da equipa da Argentina antes de fazer o tradicional haka numa partida onde acabariam por ganhar por claros 38-0 depois da histórica vitória da equipa dos Pumas por 25-15 frente à melhor equipa do mundo a meio de novembro.
What a gesture.
The @AllBlacks lay down a special jersey dedicated to Diego Maradona prior to their Haka against @lospumas this evening. pic.twitter.com/CAA3Eq83Ye
— World Rugby (@WorldRugby) November 28, 2020
https://twitter.com/AllBlacks/status/1332612973165043713
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