Um em cada três sem-abrigo que passaram pelos centros de emergência criados pela Câmara de Lisboa devido à pandemia de Covid-19 e que procuraram emprego, conseguiu um trabalho, anunciou esta quinta-feira o município.

Segundo uma nota do gabinete do vereador responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), através do programa RedEmprega, e em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Câmara de Lisboa “auxiliou na busca de emprego, 179 pessoas” e, destas, 57 conseguiram emprego.

Ou seja, uma em cada três pessoas que procuraram emprego através dos centros de acolhimento de emergência conseguiram emprego”, é referido no comunicado.

Devido à pandemia de Covid-19, desde março estão abertos quatro centros de emergência para pessoas em situação de sem-abrigo, que são geridos pela Câmara de Lisboa. Nestes centros, além de acolhimento, alimentação e higiene para cerca de 220 pessoas em simultâneo, também é prestado auxílio na busca de emprego.

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“Isto significa que 31,84% conseguiram emprego em contraciclo, quando a economia parou e o desemprego aumentou. É um número muito importante também se tivermos em conta que são pessoas em situação de sem abrigo, muitas com anos de exclusão social”, salienta Manuel Grilo, citado na nota.

No comunicado é recordado que, desde março, a Câmara de Lisboa já investiu mais de 11,3 milhões de euros em apoios sociais, “tanto em respostas próprias como no financiamento de respostas sociais de entidades parceiras”.

Neste investimento está incluído o financiamento de 380 habitações do modelo “Casas Primeiro/Housing First”, um programa que garante habitação e acompanhamento social a pessoas que passaram vários anos na rua.