A pró-europeia Maia Sandu foi investida esta quinta-feira na presidência da Moldávia, tornando-se a primeira mulher à frente desta ex-república soviética que oscila entre a influência russa e a ocidental.

Maia Sandu, de 48 anos, ex-primeira-ministra moldava e líder do partido europeísta Ação e Solidariedade (PAS), ganhou a segunda volta das eleições presidenciais moldavas, realizadas em 15 de novembro, contra o pró-russo Igor Dodon.

A nova presidente da Moldávia prestou juramento perante o parlamento e o Tribunal Constitucional, na ausência de Dodon e de membros do partido deste, que decidiram não participar na cerimónia.

No discurso, Maia Sandu recordou a luta contra a corrupção, um dos temas que nortearam a sua campanha às presidenciais, bem como a promoção da “integração europeia”.

“Vamos limpar o país. Ladrões serão mandados para a prisão e não farão parte do Estado”, disse Maia Sandu que foi aplaudida por milhares de apoiantes que se reuniram em frente ao Palácio da República em Chisinau, a capital da Moldávia.

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Com 3,5 milhões de habitantes, a Moldávia, que é um dos países mais pobres da Europa, está dividida entre os adeptos da reaproximação a Moscovo e os que apoiam a integração europeia, em particular através das ligações do país com a vizinha Roménia.

A chegada ao poder de Maia Sandu assinalou um revés para a Rússia, que pretendia preservar a influência sobre o país e cujo exército está implantado na Transnístria, um território pró-russo que se separou da Moldávia.

O regime de Putin apoiou abertamente o Presidente moldavo anterior, Igor Dodon.

Após a eleição, o parlamento moldavo aprovou uma lei para reduzir os poderes presidenciais, uma medida vista por Maia Sandu como uma forma de reduzir o papel da Presidência a favor do parlamento, controlado por partidários de Dodon.

A decisão parlamentar foi suspensa no início de dezembro pelo Tribunal Constitucional e após milhares de pessoas terem protagonizado protestos para exigir a dissolução do Parlamento.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro da Moldávia, Ion Chicu, anunciou a demissão do seu Governo, informou a imprensa ‘online’ moldava.

A renúncia de Chicu e do seu gabinete foi uma das reivindicações da nova presidente, que quer realizar eleições legislativas antecipadas.

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