O Ministério Público acusou 36 homens e uma mulher dos Casual, ala mais radical dos No Name Boys, claque ligada ao Sport Lisboa e Benfica, de 261 crimes violentos. Segundo a TVI, que cita um despacho do DIAP de Lisboa, em causa estão 11 ataques perpetrados entre 2018 e 2020, que fizeram mais de duas dezenas de vítimas, sendo que o mais mediático foi o apedrejamento ao autocarro do clube na A2 em junho último — o ataque foi motivado pelo empate dos encarnados na Luz frente ao Tondela.

Os quase 40 acusados, com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, respondem agora por homicídio qualificado na forma tentada, mas também atentado à segurança de transporte rodoviário, ofensas à integridade física, furto e dano. Entre os episódios de violência constam, por exemplo, os grafitis ameaçadores feitos no prédio onde vivia Bruno Lage, então treinador do clube, mas também as agressões a três adeptos do Sporting junto ao estádio de Alvalade e ainda o esfaqueamento de outro no Estoril.

A investigação apurou ainda, através dos telemóveis apreendidos, que os acusados trocaram mensagens encriptadas pela aplicação Telegram para planear o ataque ao autocarro do Benfica. O Ministério Pública fala em premeditação dos crimes, sendo que seis dos acusados aguardam julgamento em prisão preventiva ou domiciliária.

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