Ainda não foi oficialmente confirmado, mas o último Alfa Romeo Giulietta produzido terá saído da fábrica italiana de Cassino no passado dia 22 de Dezembro, de acordo com o Club Alfa. É assim posto um ponto final no percurso de um modelo que viu serem produzidas mais de 400 mil unidades, desde que surgiu no Salão de Genebra de 2010 como uma aposta de Sergio Marchionne para “abanar” o segmento C, tradicionalmente liderado pelo Volkswagen Golf.
O Giulietta foi o primeiro modelo fabricado sob a supervisão de Marchionne, mas a sua carreira comercial nunca conseguiu ofuscar os adversários do segmento, mesmo tendo tido direito a versões mais vitaminadas – primeiro com o Quadrifoglio Verde (animado pelo mesmo 1.7 Tbi de 241 cv do 4C e, portanto, com prestações ao nível de um Golf GTI) e, depois, com o Veloce (na galeria). Porém, as fracas vendas nos últimos tempos levaram os responsáveis da marca a decidir-se pelo fim da produção, antes mesmo de o Tonale estar pronto para fazer a representação da Alfa Romeo no segmento C-SUV, ao contrário do que inicialmente estava previsto.
De acordo com a fonte acima citada, aquele que passará o ser o SUV de acesso à gama do construtor de Arese vai começar a ser comercializado a partir do segundo semestre do próximo ano, com a produção a ser assegurada pela fábrica de Pomigliano d’Arco, o que deixa Cassino apenas com dois modelos em linha, o Giulia e o Stelvio. Isto até que o novo Maserati Grecale, um SUV mais pequeno que o Levante, possa assumir o lugar até agora ocupado pelo Giulietta. A linha deste deve, entretanto, começar a ser desmontada para avançar com os trabalhos que darão berço ao novo SUV da marca do tridente.
Quanto a uma nova geração do Giulietta, não se adivinha num horizonte próximo. Primeiro, haverá que concluir a fusão da FCA com a PSA e só depois de a Stellantis estar operacional é que se podem esperar novidades, mas nunca antes da segunda metade do próximo ano. A existir um novo Giulietta, que para já não consta do plano de produção da FCA, o mais natural é que os italianos recorram a uma plataforma da PSA, idealmente preparada para algum tipo de electrificação.