Não foi necessário deixar passar muitas horas para que a Alfa Romeo se visse obrigada a alterar o nome do recém-apresentado Milano. O B-SUV da marca italiana, que foi revelado na passada semana, viu a designação Milano, alusiva à cidade da moda, ser considerada ilegal por um ministro italiano. Adolfo Urso, o político que integra o actual Governo, alegou que um veículo não produzido em Itália não pode exibir a denominação de uma das cidades transalpinas mais conhecidas.



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A Alfa Romeo, obviamente surpreendida e lesada pela polémica, foi célere no rebaptizar do pequeno SUV, trocando Milano por Junior. E reagiu com graciosidade ao agradecer, em tom jocoso, a publicidade que o governante acabou por fazer ao modelo. Tudo porque o ex-Milano e actual Junior será fabricado na Polónia, numa das fábricas do Grupo Stellantis.

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Ministro do Made in Italy, Urso defende-se com a lei local, que “impede que sejam passadas informações que possam enganar os consumidores”, um argumento conseguido à custa de uma elevada dose de criatividade e que certamente terá feito corar a Ferrari, quando baptizou Califórnia e Daytona dois dos seus coupés produzidos em Itália, ou a Hyundai quando apelidou os seus SUV de Tucson (cidade norte-americana no Arizona) e Santa Fe (a capital do Estado de Novo México).

Apesar de vencida, a Alfa Romeo não se deu por convencida. “Acreditamos que o nome cumpre todos os requisitos legais”, declarou o construtor, avançando que, ainda assim, optou por “trocar o Milano por Alfa Romeo Junior, de forma a promover um entendimento mútuo”. Uma das vantagens nesta troca forçada de designações prende-se com o regresso da denominação “Junior” ao activo, que já tinha sido utilizada nos tempos dos Junior Zagato de 1969 e o GT 1300 Junior de 1966.

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