Mais de duas centenas de engenheiros da Google e outros trabalhadores formaram um sindicato, após vários anos de ativismo dos funcionários da gigante tecnológica, avança nesta segunda-feira o The New York Times.

Este novo sindicato, denominado Alphabet Workers Union (em homenagem à empresa mãe da Google, a Alphabet), foi organizado em segredo durante quase um ano e só no mês passado é que os líderes foram eleitos. A associação de trabalhadores está filiada ao Communications Workers of America, um sindicato que representa os trabalhadores de telecomunicações e comunicação social nos Estados Unidos e no Canadá.

A criação de um sindicato é algo incomum na indústria da tecnologia, que há muito resiste aos esforços dos trabalhadores que se querem unir para lutar pelo seus direitos. Mas o Alphabet Workers Union é um sinal claro de como o ativismo dos funcionários da Google se espalhou por Silicon Valley nos últimos tempos. Apesar de alguns trabalhadores deste ecossistema se terem mantido calados no passado sobre questões sociais e políticas relacionadas com as empresas em que trabalham, os funcionários da Google, Amazon, Pinterest e outros tornaram-se mais ativos em questões como a diversidade, a discriminação salarial e o assédio sexual.

A formação do sindicato poderá fazer subir as tensões entre os funcionários e as chefias da Google, uma vez que em dezembro a tecnológica foi acusada de, em 2019, ter demitido vários trabalhadores após estes se terem tentado organizar para tomarem possíveis ações contra a Google. Em causa têm estado várias preocupações dos trabalhadores relacionadas com as políticas da empresa.

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