Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podem pedir, a partir de domingo, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha. O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições legislativas de 2019.

Assim, quem quiser antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tem de o fazer entre domingo e quinta-feira. O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no “site” www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

O eleitor deve mencionar o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto, endereço de correio eletrónico e/ou contacto telefónico, havendo uma minuta na página da Internet do Ministério da Administração Interna.

No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República. Nas últimas legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições.

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Além do voto antecipado em mobilidade, há mais possibilidades de exercer o direito cívico antes do dia 24 de janeiro. É o caso dos eleitores em confinamento obrigatório devido à pandemia de covid-19. Neste caso, terão de manifestar a sua intenção de votar no domicílio ou noutro local que não hospitalar entre quinta-feira e domingo (entre 14 e 17 de janeiro) através de carta ou no “site” www.votoantecipado.mai.gov.pt.

Equipas municipais, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas, recolherão depois o seu voto nos dias 19 e 20 de janeiro. Um prazo já foi ultrapassado, no caso para os presos que não estejam privados de direitos políticos e os doentes internados em estabelecimento hospitalar. Esse prazo terminou na segunda-feira, 04 de janeiro, estando prevista a recolha de votos entre a próxima segunda e quinta-feira (entre 11 e 14 de janeiro).

Quem o faz é o presidente da câmara municipal da área do estabelecimento hospitalar/prisional (ou vereador credenciado), que se desloca ao estabelecimento onde se encontrem esses cidadãos.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral decorre entre 10 e 22 de janeiro.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).