Artigo atualizado após o anúncio do fecho das escolas
Quatro dias apenas depois de anunciar um novo confinamento, o Governo foi obrigado a reunir extraordinariamente em Conselho de Ministros para tomar novas medidas e recuar noutras. E três dias depois voltou a ter de reunir para tomar a decisão que nunca quis, e encerrar as escolas. O primeiro-ministro já tinha insistido na mensagem de que a população não deve forcar-se nas exceções à lei, mas teve de repeti-lo primeiro segunda-feira — sublinhando que os números mostravam uma diminuição da circulação na ordem dos 30%, entre sexta e domingo, quando comparado com o registado no mesmo período da semana anterior. António Costa disse que as pessoas têm de sair “o mínimo possível” para “arejar” e para o que não tem alternativa: trabalhar, quando o teletrabalho não é possível, ir buscar comida e o que for mesmo essencial.
Depois de um fim de semana com relatos de vários profissionais de saúde em hospitais em rutura, e com a própria Ordem dos Médicos a defender um confinamento geral semelhante ao de março de 2020, o Governo decidiu, no entanto, manter as escolas abertas — por considerar as consequências de um fecho devastadoras e “irreversíveis” para as crianças e os jovens. E mandou também manter abertos os ATL que funcionam fora das escolas, assim como os centros de estudo, que tinham ficado fechados depois das regras apresentadas na semana passada. Por outro lado, manteve as escolas de línguas encerradas e mandou fechar todas as Universidades Séniores e centros de convívio para idosos. Mas com os números da pandemia a crescer ao mesmo ritmo que a pressão de especialistas, Presidente e oposição, esta quinta-feira decidiu mesmo fechar também todas as escolas e universidades.
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