A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), na Covilhã, manifestou esta sexta-feira preocupação com a atual “indefinição avaliativa” face à suspensão letiva e defendeu que avaliação do primeiro semestre seja não presencial, sempre que possível.
“Sempre que exista a possibilidade de se realizarem as avaliações relativas ao 1.º semestre em regime não presencial devem ser reunidos todos os esforços para que o mesmo aconteça, para que, desta forma, seja concluída toda a atividade letiva do 1.º semestre antes do início do 2.º semestre, assegurando a consolidação dos conhecimentos pedagógicos, por docentes e discentes”, refere a AAUBI em nota de imprensa enviado à agência Lusa.
A AAUBI frisa que tal medida contribuiria para evitar a sobrecarga letiva dos envolvidos, designadamente dos estudantes.
Depois de o Governo ter decretado a suspensão letiva, a Universidade da Beira Interior decidiu adiar para depois da Páscoa a época de exames, que estava prevista para fevereiro, bem como antecipar o início das aulas do segundo semestre, marcando o início para 8 de fevereiro em vez de dia 22.
Na nota divulgada esta sexta-feira, a AAUBI, que é presidida por Ricardo Nora, ressalva que compreende a “difícil tarefa” de gerir a atual situação e sublinha que, apesar de não ter sido consultada para a redefinição do calendário escolar, pretende “cooperar e auxiliar no alcance de soluções”.
Deste modo, propõe um conjunto de medidas a tomar neste momento atípico, a começar pela questão do período de exames do primeiro semestre.
A AAUBI reivindica igualmente que se “mantenha o esforço por parte dos serviços de ação social para garantir o funcionamento dos espaços de alimentação, tanto em serviço presencial como ‘take-away’, e de alojamento necessários a apoiar os membros da comunidade académica.
A manutenção dos espaços destinados ao estudo individual, nomeadamente as bibliotecas e salas de estudo, assegurando todas as medidas de proteção sanitária para quem as frequenta, e a promoção do acesso equitativo dos estudantes à atividade letiva não presencial, garantindo, através dos serviços de ação social, o fornecimento de equipamentos tecnológicos a estudantes que não tenham meios de acesso, são outras das medidas reclamadas.
Os estudantes defendem ainda que, nos cursos em que haja o ensino clínico e estágios, em particular os estágios clínicos, deve ser mantido o regime presencial sempre que possível, devendo ser desenvolvidos novos esforços de colaboração com os hospitais universitários e/ou entidades envolvidas.
A AAUBI também apela a todos os estudantes que contribuam para o combate a esta pandemia, assumindo um papel ativo e responsável de verdadeiros agentes de saúde pública.
Todas as escolas de todos os níveis de ensino estão encerradas a partir desta sexta-feira e durante duas semanas, uma medida anunciada na quinta-feira pelo Governo para conter a pandemia de Covid-19.