O empate do Sporting em São João da Madeira e a derrota na última jornada em Oliveira de Azeméis abriu por completo a luta pelas cinco primeiras posições, sendo que, com as vitórias caseiras de Óquei de Barcelos (HC Braga, 8-4) e FC Porto (Turquel, 6-2), os leões partiam para o terceiro dérbi da temporada no terceiro lugar. Ou seja, e para manter a liderança, a margem era nula. E nula como a do Benfica, que depois das derrotas em Barcelos e no Dragão Arena, desceu ao quinto posto. O contexto favorecia a um jogo aberto e intenso, que não iria contar com o treinador verde e branco, Paulo Freitas, que testou positivo à Covid-19 na antecâmara da partida.

Benfica e Sporting empatam primeiro dérbi da temporada na Luz num jogo com guarda-redes em destaque

E depois do empate a um golo no Pavilhão da Luz e da vitória das águias nas grandes penalidades da final da Taça 1947 após nova igualdade a três, foram os encarnados que levaram novamente a melhor mas agora em apenas 50 minutos, conseguindo aquela que foi a primeira vitória no Pavilhão João Rocha (5-4) após dois empates e uma derrota, ficando agora apenas a um ponto do Sporting, a três do FC Porto e a quatro do líder Barcelos.

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O encontro começou equilibrado mas com maior propensão ofensiva do que tem vindo a ser habitual nos últimos dérbis, fosse nas transições rápidas na tentativa de ganhar superioridade, fosse nos ataques organizados também eles mais rápidos e em menos tempo do que é costume neste contexto. Entre as oportunidades, uma grande defesa de Ângelo Girão num 2×1 com Carlos Nicolía e Lucas Ordónez e uma bola ao poste do argentino que jogava antes de chegar à Luz no Barcelona, Valter Neves inaugurou o marcador numa insistência na área que deixou os jogadores leoninos a protestar por terem ficado com a sensação que os árbitros apitaram antes uma bola alta (9′).

O Sporting estava em desvantagem, as substituições não melhorariam também o rendimento da equipa mas só devia a si mesmo o zero no marcador, entre bolas no poste (e no mesmo lance foram logo duas, por Ferrant Font e Telmo Pinto), grandes defesas de Pedro Henriques e um livre direto falhado por Font após cartão azul a Ordóñez. Os encarnados saíam menos nesta fase mas sentiam-se confortáveis a jogar no erro, tendo acertado também no poste da baliza de Girão por Diogo Rafael. Os golos, esses, ficaram guardados para os três últimos minutos antes do intervalo: Lucas Ordónez aproveitou um erro em zona proibida de Font para marcar o 2-0 numa situação de 1×0 (23′); Pedro Gil falhou um penálti; e Matías Platero, numa grande combinação com Font em passe e corte, reduziu na área para 2-1 a 30 segundos do descanso. O dérbi voltava à diferença mínima.

O arranque da segunda parte voltou a trazer o mesmo ritmo do tempo inicial e com ainda maior emoção depois do empate de Alessandro Verona numa jogada que começou num corte de Ferrant Font e teve assistência de João Souto em 2×1 (32′), apesar de Lucas Ordóñez ter demorado apenas dois minutos para recolocar os encarnados na frente num livre direto por cartão azul a João Souto por falta desnecessária com marcação exímia do argentino. Pedro Henriques e Ângelo Girão iam segurando o jogo no 3-2, Pedro Gil empatou num remate fantástico de fora da área ao ângulo aos 43′ mas três golos no último minuto sentenciaram a partida com Diogo Rafael a bisar em menos de 30 segundos antes de Toni Pérez fazer o 5-4 final para os encarnados a 19 segundos do fim.