A tarifa social de internet, prometida no programa do governo para 2020, não vai ser implementada antes de junho, já no fim do ano letivo, revelou fonte oficial da Secretaria de Estado das Comunicações ao Dinheiro Vivo: “Estamos a trabalhar no modelo para que possa estar a medida em vigor no segundo semestre”.

As operadoras já preparam a rede em março para suportar um maior tráfego — na Meo, no primeiro trimestre do ano, o tráfego médio aumentou cerca de 20%, disse a empresa ao Dinheiro Vivo. Estima ainda que o regresso das aulas à distância se traduzam num aumento de até 9% no tráfego de dados.

Estudantes voltam ao ensino à distância ainda sem tarifa social de internet

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Mas o tráfego já aumenta desde o início deste segundo confinamento, reportou a Vodafone ao mesmo jornal: o crescimento na utilização da internet fixa também foi de 20% ao fim de uma semana de teletrabalho imposto pelo recolhimento obrigatório. Mas “é expectável que a resiliência que as redes Vodafone têm demonstrado desde março de 2020 se mantenha”.

A Meo também confirmou ao Dinheiro Vivo que, “para a manutenção plena das melhores condições para o teletrabalho e para o ensino à distância, cujos aumentos de tráfego antecipamos ser, no imediato, da ordem de grandeza de um dígito percentual a partir de segunda-feira, a Altice Portugal está a canalizar todos os esforços para garantir o funcionamento sem falhas das suas redes”.

Também está a haver dificuldades em fazer chegar aos estudantes portugueses os computadores comprados no âmbito do projeto Escola Digital — apesar de, já a partir desta segunda-feira, 1,2 milhões de alunos iniciarem as aulas à distância. A maior parte dos equipamentos ainda estão por entregar.