Nos últimos três meses do ano, que foram marcados pelo regresso do estado de emergência, 563,5 mil pessoas exerceram funções em regime de teletrabalho, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira. Este valor corresponde a 11,6% da população empregada, mas trata-se de uma redução de 12,6% (80,9 mil pessoas) face ao trimestre anterior, apesar de o teletrabalho ter sido obrigatório nos concelhos mais afetados, a partir de novembro.

“Entre os que trabalharam sempre ou quase sempre a partir de casa, 94,3% (563,5 mil) fizeram-no com recurso a tecnologias de informação e comunicação (TIC). Dito de outro modo, estiveram em teletrabalho”, aponta o INE. Ao todo, incluindo os que não exerceram funções com recurso a TIC, trabalharam a partir de casa “sempre ou quase sempre” 597,5 mil pessoas. A maioria (474,4 mil) diz que o fez devido à pandemia.

O número de pessoas que indicar trabalhar a partir de casa desceu ao longo do ano: no segundo trimestre, chegaram a estar 1.094,4 mil pessoas neste regime (23,1% da população empregada) e, no terceiro trimestre, 681,9 mil (14,2%).

Tal como em trimestres anterior, a área metropolitana de Lisboa foi a que teve uma maior proporção de empregados a trabalhar em casa (23,3%, uma queda de 3,3 pontos percentuais). Este valor foi também superior nos grupos com um nível de ensino completo correspondente ao ensino superior (26,0%, menos 7,0 pontos) e entre os que trabalham no setor dos serviços (15,0%, menos 2,5 pontos).

Ao contrário do que se verificou nos outros trimestres, a educação deixou de ser a atividade no setor dos serviços com maior percentagem de trabalhadores a exercer a partir de casa, o que está relacionado com a reabertura das escolas. Esse lugar foi ocupado pelas atividades de informação e de comunicação (20,5%, mais 2,7 pontos).

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