A Coligação árabe denunciou hoje um ataque ao aeroporto internacional de Abha, no sul da Arábia Saudita, com um drone carregado de explosivos, atribuindo a ofensiva ao movimento rebelde Houthi, adiantou a agência de notícias EFE.

“Forças da Coligação conjuntas intercetaram na manhã de sábado uma bomba drone lançada por milícias Houthi, apoiadas pelo Irão, que tinham como alvo o aeroporto de Abha”, relatou a agência de notícias estatal saudita SPA, citada pela EFE.

Segundo a agência espanhola, este é o segundo ataque do género contra uma infraestrutura civil denunciada pela Coligação liderada pela Arábia Saudita, depois de, na última quarta-feira, ter sido reportado um incêndio num avião de passageiros, sem feridos a registar.

A EFE relata que os Houthis reclamam também ataques com recurso a três drones lançados sexta-feira contra o aeroporto de Abha e a vizinha Base Militar King Khaled, dando como alcançados os seus objetivos, ataques, no entanto, não reconhecidos por Riade.

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A SPA refere ainda que o porta-voz da Coligação, Turki al Maliki, denunciou que as operações lançadas pelas milícias são “sistemáticas e deliberadamente contra civis e alvos civis”, acrescentando que todas as “tentativas terroristas das milícias Houthi foram frustradas”.

Ataques de drones e mísseis por rebeldes iemenitas contra a Arábia Saudita são comuns desde que a Coligação liderada por Riade interveio na guerra civil iemenita em 2015, apoiando o Governo de Abdo Rabu Mansur Hadi, também reconhecido pela comunidade internacional.

O primeiro ataque dirigido contra o aeroporto de Abha, localizado a cerca de 100 quilómetros da fronteira com o Iémen, ocorreu em fevereiro de 2016, tendo sido alvo de pelo menos mais outros 10 ataques desde então, com o mais grave a ser o de 12 de junho de 2019, do qual resultaram 26 civis feridos.

As ações houthi contra a Arábia Saudita intensificaram-se nesta semana, com ofensivas quase diárias.

No dia 4 de fevereiro os Estados Unidos retiraram o apoio à Coligação Árabe e sexta-feira Washington anunciou que vai retirar os rebeldes iemenitas da lista de organizações terroristas.