A noite deste domingo foi menos violenta, mas oito pessoas acabaram detidas em Barcelona, “cinco por roubo numa loja de roupa e três por desordem pública e agressão a polícias”, escreveu a Mosos d’Esquadra, polícia da Catalunha, no Twitter. Há ainda “sete polícias levemente feridos e dois foram levados para o hospital”. O jornal ABC diz ainda que a manifestação deste domingo perdeu dimensão face à noite anterior, passando de cerca de 7 mil para 700 manifestantes.
No total, após cinco noites de tumultos na Catalunha, em protesto pela prisão do rapper Pablo Hasél, foram detidas 110 pessoas e 91 polícias ficaram feridos, de acordo com as autoridades catalãs.
Antes desta noite, das 102 pessoas que estavam detidas, 70 eram adultos e 32 menores. Apenas uma ficou presa, segundo a polícia catalã. E havia 82 polícias feridos.
????22.45 h BALANÇ PROVISIONAL
8 persones detingudes a Barcelona, 5 per robatori amb força en una botiga de roba i 3 per desordres públics i atemptat als agents de l'autoritat. Hi ha 7 agents ferits lleus i 2 han estat traslladats a centres hospitalaris pic.twitter.com/tVmp8IDs1I— Mossos (@mossos) February 21, 2021
Na terça-feira, a primeira noite em que se registaram confrontos, a polícia local prendeu 18 pessoas, enquanto no dia seguinte o número subiu para 33. Nos motins de quarta-feira, oito pessoas foram detidas e, na quinta-feira, a polícia ficou com mais quatro manifestantes sob custódia. No sábado, durante os incidentes com maior impacto até ao momento durante esta vaga de contestação pela libertação de Hasél, foram detidas mais 39 pessoas.
O rapper, detido na terça-feira na Universidade de Lérida, na Catalunha, tornou-se um símbolo da liberdade de expressão em Espanha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por, segundo a acusação, insultar as forças de ordem espanholas, glorificar o terrorismo e injuriar a monarquia.
Os factos pelos quais o rapper foi condenado remontam a 2014 e 2016, quando publicou uma canção no YouTube e dezenas de mensagens no Twitter, acusando as forças de ordem espanholas de tortura e de homicídios.
Na segunda-feira, Pablo Hasél barricou-se na Universidade de Lérida, a sua cidade natal, na Catalunha, na companhia de um grupo de apoiantes, mas a polícia catalã conduziu-o à prisão, na manhã de terça-feira, para cumprir a pena. As manifestações começaram ao fim da tarde desse dia.