Fazer versões de músicas tradicionais turcas é capaz de ser, à partida, um dos caminhos estrategicamente mais estapafúrdios para uma banda com sede em Amesterdão afirmar-se na indústria musical com álbuns e canções. Há alguém bom do juízo, com a cabeça no sítio, que alguma vez vá pensar “eu singrava no mundo aqui a partir de Amesterdão era se fizesse uma banda e tocasse covers de canções turcas?”.
Se calhar não há. E se calhar é por não ter sido esse o raciocínio de Jasper Verhulst, Ben Rider e Nic Mauskovic, os três carolas que acharam que seria boa ideia fazerem uma banda que tocasse e sobretudo reinventasse a música folclórica popularizada na Turquia nos anos 70 — dando-lhe tonalidades modernas —, que uma banda chamada Altın Gün nasceu e está a singrar. Porque para falar de Yol, o terceiro e novo álbum do grupo, sucessor de On (2018) e Gece (2019) e acabado de editar, é preciso recuar a esta estupenda ideia que desembocou aqui.

A capa do álbum novo dos Altın Gün, editado esta sexta-feira (26 de fevereiro)
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.