A Mitsubishi apresentou a actual versão do Outlander há nove anos, o que não impediu este modelo de dimensões generosas de ser o SUV híbrido plug-in mais vendido na Europa durante os últimos anos. Agora, integrada na Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, a marca nipónica apresentou o novo Outlander, que evoluiu consideravelmente face à anterior geração, fazendo apenas marcha-atrás na presença no mercado europeu, o que (lamentavelmente) inclui Portugal.

O novo Outlander revoluciona por completo a estética do modelo, colocando-a em linha com as mais recentes criações da Mitsubishi, do SUV Eclipse Cross à pick-up L200. Estreia uma nova plataforma, que coloca o comprimento nos 5,08 m, longe dos 4,695 m da actual versão, com a distância entre eixos a crescer igualmente, fixando-se agora nos 2,705 m, contra os anteriores 2,670 m. Isto permite oferecer mais espaço a quem se senta à frente, ao centro, mas sobretudo na terceira fila de bancos.

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Lá dentro, torna-se evidente estarmos perante um veículo mais moderno, com um tablier horizontal a reforçar a sensação de espaço interior, apenas quebrado pelo ecrã central táctil, a partir do qual se controla quase todas as funções. E também estas surgem reforçadas, usufruindo, como seria de esperar, das mais recentes evoluções tecnológicas da Aliança.

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O novo Outlander recorre a um sistema de tracção integral 4WD que a marca denomina Super All Wheel Control 4WD, uma evolução do que já vimos no Eclipse Cross e que surge como um herdeiro directo da solução 4×4 do carro de ralis Lancer Evo X. Além de colocar a potência onde faz mais falta, no eixo traseiro ou frontal, para optimizar a tracção ou o comportamento, a transmissão integral permite ainda trabalhar apenas com tracção a um eixo, para reduzir o atrito e, por tabela, o consumo e as emissões.

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Como mecânicas, o novo Outlander vai usar um 2.5 a gasolina com 184 cv que se pode encontrar em alguns Nissan, conhecido como PR25DD, associado a uma caixa CVT de origem Nissan, cuja utilização deixa sempre a desejar. Mas, para os europeus, o que verdadeiramente interessa é a versão híbrida plug-in e aqui vão haverá grandes evoluções. O sistema ainda está a ser afinado, mas tudo indica que será similar ao actual, com o motor 2.4 a gasolina associado a dois motores eléctricos e a uma bateria, que na actual geração tinha apenas 13,8 kWh, o que colocaria o Outlander fora dos padrões que permitem o acesso a incentivos no mercado português.

Recentemente, colocou-se a possibilidade de a Renault utilizar as suas instalações fabris subaproveitadas para ceder parte da disponibilidade à Mitsubishi, que aí poderia produzir alguns dos seus modelos no Velho Continente, de onde os japoneses anunciaram querer sair a prazo, deixando de introduzir novos modelos. Resta saber se o novo Outlander, por utilizar uma plataforma da Aliança, estará incluído no grupo dos modelos a fabricar pela Renault.