O candidato do PSD e do CDS à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, recusa a ideia de vir ser visto como o “número dois” de Rui Rio ou sequer representar um “balão de oxigénio” para o líder social-democrata. Em entrevista ao semanário Expresso, após definir Fernando Medina como “uma espécie de número dois de Costa”, faz questão de firmar que nunca será o Medina de Rio. E repetiu três vezes: “Eu não sou o número dois de ninguém“.

O candidato à Câmara Municipal de Lisboa reiterou que não pediu “licença a ninguém” para apresentar a candidatura, numa alusão à polémica de não ter ligado a Passos Coelho antes de avançar com a candidatura.

Moedas descarta uma coligação pós-eleitoral com o Chega por considerar que o partido “não se revê” no seu “modelo de governação de uma cidade”, nem se “enquadra” na sua “visão”. “A minha visão é multicultural, de diversidade, que é o movimento central na inovação e da diferença”, disse, acrescentando: “A política precisa de moderação. E de proximidade”.

Sobre a coligação já fechada com o CDS, Moedas considera que é um compromisso “vantajoso” para quem quer ganhar a câmara de Lisboa. E, num conselho a Rui Rio, vê como “algo natural” uma coligação (mas pós-eleitoral) a nível nacional entre sociais-democratas e democratas-cristãos nas legislativas. “Pertenci a um Governo onde trabalhámos em coligação. Gostei muito de trabalhar com o CDS e vejo sempre esta ligação como algo natural. Mas essa será uma escolha do líder do partido. Em Lisboa achei vantajoso”, disse.

Questionado sobre se é mais difícil atingir a maioria sem a Iniciativa Liberal, Moedas disse considerar que “as autárquicas são muito diferentes das presidenciais ou legislativas” e que, por isso, “não muda nada”.

“Aqui as pessoas vão votar num candidato. E aquele que tem mais um voto ganha. Os lisboetas vão chegar a um ponto e pensar: qual é a minha escolha? E ela é entre Medina e Moedas“, afirmou. Moedas acredita, deste modo, que o voto útil o vai ajudar a conquistar eleitorado que potencialmente votaria no candidato da IL.

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