Francisco Conceição foi lançado em todas as segundas partes dos jogos de Portugal na fase final do Europeu Sub-21 e em todos eles conseguiu acrescentar algo à equipa: frente à Croácia, conseguiu mexer com a exibição da equipa mais pela ala e ajudou ao triunfo pela margem mínima; diante da Inglaterra, apareceu mais vezes pelo corredor central e fez a primeira zona de pressão que viria depois a resultar na transição para o primeiro golo; agora, com a Suíça, saltou do banco para a bola a Van der Werff e desviou do guarda-redes helvético já em desequilíbrio para fazer o 3-0 final. E com isso deu outro colorido a uma semana de sonho na estreia na categoria.
Aos 18 anos, o extremo do FC Porto foi pela primeira vez chamado ao escalão e logo numa fase final, tornando-se com o golo apontado frente à Suíça como o jogador mais novo de sempre a marcar por Portugal em Europeus Sub-21, superando o registo que pertencia ao antigo médio Hugo Viana, seguido de João Moutinho, Hélder Postiga e Hugo Almeida. No final, Francisco Conceição mostrou o orgulho pelo registo mas colocou o foco no coletivo, destacando a qualidade da equipa nacional que permitiu o apuramento para os quartos só com vitórias.
Francisco Conceição é o + jovem de sempre a marcar por ???????? no Campeonato da Europa Sub 21
???????? + jovens a marcar no Euro Sub 21:
18 anos, 3 meses: FRANCISCO CONCEIÇÃO????
19A, 4M: Hugo Viana (2002)
19A, 8M: João Moutinho (2006)
19A, 9M: H. Postiga (2002)
20A, 0M: H. Almeida (2004) pic.twitter.com/vrsGZYgwS0— Playmaker (@playmaker_PT) March 31, 2021
“Fizemos uma exibição muito boa, foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte. Conseguimos uma excelente vitória, que é inteiramente justa por aquilo que fizemos nas duas partes, e demonstrámos em todos os jogos a nossa qualidade. Penso que merecemos esta passagem aos quartos de final. Ser o mais jovem a marcar deixa-me muito orgulhoso mas não penso muito nisso. Prefiro realçar o trabalho de toda a equipa nestes três jogos e a passagem à próxima fase”, começou por comentar o jogador, que no último mês se tornou o segundo mais novo de sempre a jogar pelo FC Porto na Liga dos Campeões, em declarações na zona de entrevistas rápidas.
Francisco Conceição estreou-se na Champions e tornou-se o 2.º + jovem a jogar pelo FC Porto na competição
+ jovens a jogar pelo FC Porto na Liga dos Campeões:
17 anos, 7 meses: Rúben Neves
18 anos, 2 meses: FRANCISCO CONCEIÇÃO⬆
18 anos, 5 meses: Anderson pic.twitter.com/yVYmIkvPTF— Playmaker (@playmaker_PT) February 17, 2021
“O trabalho em equipa fez com que conseguíssemos estas três vitórias sem sofrer golos. Demonstrámos que somos muito fortes. A partir de agora, o nosso objetivo é ir jogo a jogo e pensar no que podemos fazer para ultrapassar o próximo adversário. Não adianta estarmos a pensar mais à frente se não conseguirmos vencer o jogo seguinte. Ao longo desta competição fomos mostrando que os portugueses têm muita qualidade e que, se acreditarmos em nós, poderemos conquistar grandes coisas”, acrescentou o extremo portista de 18 anos, numa opinião secundada da mesma forma pelo selecionador nacional, Rui Jorge, que levou os Sub-21 a uma final em 2015.
https://twitter.com/ProximaJornada1/status/1377349431939362817
“Não sei se foi a exibição mais completa. O jogo com Inglaterra também foi muito bem conseguido, tal como a segunda parte com a Croácia. Seria injusto estar a catalogar um jogo como o melhor desta fase. Estivemos bem de uma forma geral e tem de ser assim para termos resultados. Estamos muito satisfeitos com o que fizemos ao longo dos três jogos, deixámos uma belíssima imagem. É um sossego para um treinador ver esta equipa jogar. O recital que viram de fora foi o recital que vi do banco. Disse isso aos jogadores. É um deleite vê-los jogar daquela forma. Com a qualidade individual dos jogadores, quando conseguem em tão pouco espaço jogar de forma tão simples e com tanta segurança, o treinador só tem de desfrutar o que está a ver. Foi o que fiz e o que muitos portugueses fizeram. Tivemos momentos muito bons mesmo. Demonstraram a qualidade que têm, agiram coletivamente e com um pensamento comum. Concedemos muito poucas oportunidades de golo aos adversários. Vimos momentos de desespero da Suíça para tocar na bola. Há muito mérito”, comentou o técnico.