Se a Land Rover é especialista em aventuras nas zonas mais recônditas e desconhecidas do planeta, a Virgin Galactic visa explorar o mesmo conceito, mas no espaço, em torno da Terra. Daí que a associação das duas empresa britânicas não seja propriamente uma surpresa.

O CEO da Jaguar Land Rover North America recorda que se os seus jipes asseguraram as maiores aventuras através da crosta terrestre, cabe à Virgin Galactic elevar a fasquia, para uma faixa já fora da atmosfera terrestre. E há 600 clientes a aguardar a oportunidade, que já reservaram lugar nesta viagem, e que estão apenas à espera que seja marcado o dia.

A empresa de Richard Branson apresentou entretanto uma versão evoluída da sua nave espacial, que surge como um avião com asa curta, destinado a deslocar-se “às costas” de um avião estranho, concebido propositadamente para o efeito, mas de funcionamento convencional, para depois a nave ligar o seu motor tipo foguetão e voar até ao espaço, circundando o planeta com os passageiros, até regressar à Terra e aterrar como se se tratasse de um avião ou, melhor, como se fosse o já retirado Space Shuttle da NASA, em ponto pequeno.

Branson descreve a viagem, que comercializou por 250.000 dólares cada, como uma experiência única, o que lhe permitiu reunir 150 milhões dos primeiros clientes. Aquilo que designa como Mother Ship parte do México, com a nave espacial “às costas”, deslocando-a até uma altitude de 35.000 pés, cerca de 10,7 km, a altitude a que se desloca um avião comercial convencional. É nesta altura que a nave se desprende da Mother Ship e liga o foguete, que a eleva a 90 km de altitude, acelerando dos 900 km a que voa o avião para mais de 6.482 km/h em apenas 8 segundos. Uma aceleração impressionante que leva os passageiros ao espaço e os transforma em astronautas.

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Depois de orbitar a Terra, permitindo que os clientes a bordo usufruam da gravidade zero e observem o planeta azul através das inúmeras janelas, o Virgin Galactic regressa à Terra.

As viagens espaciais da Virgin Galactic arrancam no Verão com Richard Branson como o primeiro cliente, a que se seguirá uma equipa de cientistas italiana, que servirá para realizar testes e validar a operação para fins científicos.

A partir do início de 2022 é a vez dos clientes que aguardam em fila e que já despenderam um quarto de milhão de dólares. Branson antevê que poderá comercializar entre 400 e 500 viagens por ano, com a construção de mais naves, o que fará baixar o actual custo destas aventuras espaciais.