A situação que vivemos hoje em dia veio comprovar o inevitável: o comércio digital veio para ficar. A tendência em Portugal já era crescente, com um crescimento anual de receita na ordem dos 20% desde 2017, e o último ano converteu até os mais reticentes. Existindo diversas soluções para fazer os pagamentos, o cartão de crédito continua a ser a mais aceite e — ao contrário do pensado — até a mais segura, desde que saiba ao que deve estar atendo.
Comprar online em segurança
Há vários fatores que definem se a compra online é feita de forma segura ou não. Uns podem ser controlados por si, outros, nem por isso. A boa notícia é: com um pouco de atenção, conseguimos detetar todos eles.
Comecemos no mais importante: o certificado de segurança. Caso não tenha reparado, todos os sites mais conhecidos onde pode fazer compras apresentam um pequeno cadeado na barra de endereços. Isto significa que têm um certificado SSL (Secure Sockets Layer). Embora o nome possa parecer estranho, a explicação é simples: estes sites têm uma ligação encriptada, o que significa que os seus dados ficam protegidos numa espécie de “código” entre as duas partes, fazendo com que seja quase impossível a qualquer parte estranha aceder aos seus dados. Resumindo, deve evitar ao máximo fazer compras em sites que não o tenham, já que é uma prática generalizada e incentivada até pelo Google.
A parte que pode controlar é com quem partilha os seus dados e como. Em primeiro lugar, não envie fotografias ou diga os dados do seu cartão de crédito a ninguém. Mesmo que o peçam. Os sites têm terminais de pagamento — também eles encriptados — em que insere os seus dados. Qualquer outra hipótese além disso é melhor duvidar. No mesmo sentido, tenha cuidado com as suas passwords. Muitos sites (como por exemplo a Amazon) guardam os dados do seu cartão de crédito para compras futuras. E isso não tem mal nenhum; é até bastante prático (embora tenha sempre a opção de pedir para não guardarem os seus dados, claro). A questão aqui é evitar que entrem na sua conta com facilidade, porque aí o caminho está aberto para fazer compras com o seu cartão. A regra geral de segurança é: passwords com mais de 8 caracteres, que misturem maiúsculas e minúsculas, letras e números, e, também, caracteres especiais.
Por fim, os seus dados pessoais. A maioria das passwords tem detalhes pessoais envolvidos (como o seu número de cartão de cidadão, nome dos filhos, local de nascimento… o que seja), e um método conhecido para burla é tentarem recolher dados pessoais seus para descobrir a sua password. Nenhum site fidedigno precisará de nada além do seu nome, número de contribuinte e dados do cartão de crédito. Se lhe pedirem mais do que isso (normalmente por email ou SMS), é, novamente, um alerta vermelho.
Prazos de pagamento, juros… afinal como funciona um cartão de crédito?
A resposta é: depende. Os juros são uma equação muito simples. De forma resumida: os juros são o dinheiro que lhe é cobrado como contrapartida do “empréstimo”, normalmente expresso através de uma taxa percentual. Imaginemos que usa um cartão de crédito para comprar um computador de 1000 euros e tem uma taxa de juros de 3%. O valor total a pagar serão os tais 1000 euros mais 3% desse valor.
A razão pela qual dissemos “depende” é que o custo de um cartão de crédito depende em grande parte do cartão que escolhe, da sua relação com o seu banco, do dinheiro envolvido e dos prazos de pagamento. Além da taxa de juro, poderão existir também outros custos envolvidos, como custos de abertura ou operação. Em alguns casos, poderá até fazer o pagamento sem juros — por exemplo, em algumas grandes lojas de retalho, com cartões de crédito próprios.
As modalidades de pagamento não são mais do que o número de meses que quer demorar a pagar a sua compra. De novo, isto influenciará a taxa de juro. Mas voltando ao exemplo de um computador, se precisar dele agora e não tiver esse dinheiro, poderá comprá-lo e optar por pagá-lo em 12 meses — numa pequena mensalidade por mês. O Banco Credibom já se especializou em casos destes, nas mais diversas finalidades: tanto para fins pessoais, em que não tem de especificar o destino, como para outros fins mais específico, como eletrodomésticos ou férias.
O futuro é cashless
A importância de ter um cartão de crédito é, na verdade, maior do que nunca, numa altura em que os estudos nos mostram que o nosso futuro cashless está cada vez mais perto. Isto é, as moedas e notas como as conhecemos tenderão a desaparecer. Começámos nos cartões de “contacto”, já é possível fazer pagamentos com telemóveis e smartwatches, e, inclusive, já há alternativas no mercado de anéis com chip que nos permitem fazer pagamentos. Um cartão de crédito com uma entidade bancária por trás — em que, por exemplo, tem proteção extra contra possíveis fraudes, podendo apresentar queixa diretamente antes do dinheiro sair da sua conta — é cada vez mais essencial. Está na altura de começar à procura.
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Coragem para Sonhar