A ANA vai apresentar resultados negativos no ano de 2020, com uma perda de cerca de 600 milhões de euros de receitas, o que acontece pela primeira vez desde a sua privatização em 2013, adiantou esta terça-feira o presidente da Comissão Executiva.

“Pela primeira vez, em 2020 a ANA vai apresentar resultados negativos. A Ana perdeu, durante o ano de 2020, cerca de 600 milhões de euros em receitas”, disse Thierry Ligonnière, que foi ouvido na manhã desta terça-feira pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sobre a construção do aeroporto na Base Aérea n.º6, no Montijo.

Ainda assim, sublinhou o responsável, no ano passado, em plena crise provocada pela pandemia de Covid-19, a ANA investiu cerca de 76 milhões de euros na sua rede de aeroportos, nomeadamente em melhorias operacionais no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Para o responsável, os resultados positivos obtidos nos anos anteriores deixaram a gestora de aeroportos numa situação favorável para suportar os efeitos da crise na aviação, um dos setores mais afetados pelas restrições à mobilidade, para conter a pandemia.

Em 2012, o governo de Pedro Passos Coelho aprovou a venda da ANA — Aeroportos de Portugal, que era detida maioritariamente pelo Estado, ao grupo francês Vinci, que ficou concluída em 2013. O grupo Vinci gere 52 aeroportos em todo o mundo.

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